quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Documentário "Karl Marx e a Luta de Classes" TV ZDF (2008)

Nos vídeos abaixo, produzidos em 2008 pela rede de tv alemã ZDF, encontramos a história/biografia do filósofo alemão Karl Marx - ícone do pensamento social e político nos conturbados anos da segunda metade do século XIX (marcada pela Primavera dos Povos de 1848, a Comuna de Paris em 1871, a Primeira Internacional dos Trabalhadores de 1868, etc).

A série de vídeos pertence a uma série-documentário chamada "Os Alemães", sendo os vídeos abaixo pertencentes ao episódio número 7 da segunda temporada "Karl Marx e a Luta de Classes" (Karl Marx und der Klassenkampf).

Gute Filme für alle!
(Bom filme a todos!)





R$ 712,00? Isso é o "valor" da educação mineira...

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"Como fazer seu filho gostar de História" - Revista Eletrônica Educar para Crescer (matéria com contribuição minha)

HISTÓRIA

Como fazer seu filho gostar de História

Conversamos com professores premiados para conseguir dicas de como estimular seu filho a gostar dessa importante disciplina


23/09/2011 16:57
Texto Iana Chan
Educar
Foto: Essa atividade pode ajudar seu filho a entender a noção de tempo e da relação de dependência entre passado e futuro
Essa atividade pode ajudar seu filho a entender a noção de tempo e da relação de dependência entre passado e futuro
Seu filho não gosta de estudar História ou tem notas baixas? Às vezes é difícil entender a utilidade dessa disciplina quando se é mais novo e o formato da aula pode não colaborar para despertar interesse. Porém, ressaltar desde cedo seu estudo é crucial, porque além de ser importante por si só, a História também ajuda a entender melhor Literatura, Geografia, Sociologia, Filosofia, Artes etc.

Estudar História não se resume a decorar datas e nomes. Na verdade, isso é só uma pequena parte do conhecimento que essa matéria pode oferecer. Mais importante do que saber quando foi o descobrimento do Brasil, é conseguir relacionar os fatos e perceber que as transformações de uma sociedade não são naturais ou espontâneas, mas determinadas por uma série de fatores anteriores.
Sempre que tentamos entender por que alguma coisa aconteceu, seja a Inconfidência Mineira ou uma nota baixa na escola, estamos empregando o pensamento histórico, isto é, a busca pelos fatores que originaram esses acontecimentos. “A história não é o estudo do passado pelo passado, é necessário ir ao passado para a compreensão de todos os questionamentos do tempo presente”, explica o historiador Tiago Menta.

Enquanto algumas lições precisam ser aprendidas na pele, existem outras que podemos dispensar a experiência, como a resolução de conflitos por meio de guerras. “Sem a História toda a humanidade desconhece seus êxitos, fracassos, conquistas e está sujeita a cometer um mesmo equívoco novamente”, ressalta o professor da disciplina Marcus Vinícius Leite.

Esse raciocínio capaz de entender o que existe por trás dos fatos, explicam os professores, forma também um cidadão melhor. “Não é possível conciliar cidadania com ausência de conhecimentos históricos, noções de tempo-espaço, noções de fenômenos processuais (a história como processo humano, social, cultural e político)”, explica Tiago Menta. E esse conhecimento é constantemente exigido pela sociedade, seja no momento de votar ou de posicionar-se diante de algum conflito social, como o racismo.
Assistir filmes com temas históricos
Existem muitos filmes ambientados em diferentes épocas históricas. Assisti-los com seu filho pode ser a deixa para vocês conversarem sobre o período. Desenhos como Hércules, que retrata o herói mitológico na Grécia Antiga, e Mulan, lenda chinesa que se passa no período das Dinastias do Norte e do Sul, ambos da Disney, também podem render boas conversas. Faça perguntas que estimulem a imaginação da criançada: Como será viver nessa época? Do que será que as crianças brincavam? O que comiam? O que vestiam? Quais são as principais diferenças entre o mundo atual e o retratado? Enfim, aproveite o que estão vendo na telinha para instigar a curiosidade de seu filho por outros tempos e civilizações.
Construir a árvore genealógica da família
Essa atividade pode ajudar seu filho a entender a noção de tempo e da relação de dependência entre passado e futuro, além de ser uma oportunidade para estreitar os laços entre vocês. A professora Elaine Rodrigues de Paula, da cidade mineira de Catas Altas, levou o Prêmio Educador Nota 10 desse ano, da Editora Abril, com o projeto "Objetos e Costumes de Nossos Antepassados", propondo o resgate da história da cidade e da família de cada aluno. Ela aconselha a aproveitar o período das festas de fim de ano para realizar esse trabalho - que pode ser, inclusive, um presente inesquecível para toda a família. "Procurem por fotos, vídeos e outros documentos para resgatar a origem da família. Desenhem a árvore genealógica até onde puderem, mostrando os casamentos ocorridos ao longo do tempo. Escrevam mini-histórias dos parentes mais distantes", enumera a professora. Na reunião da família, mostre o produto para todos e convide os parentes mais velhos para contar alguns "causos". A diversão estará garantida!
Visitar museus
Já dizia a sabedoria popular: quem vive de passado é museu. E é verdade. Visitar museus é uma estimulante viagem pelo tempo. O contato com objetos antigos, marcado por uma estética de cores e formas, é um prato cheio para falar de História e possibilita que seu filho veja tudo aquilo que ele aprende em sala de aula. Além disso, a valorização do acervo do museu mostra a o cuidado com a preservação da história, o que faz seu filho perceber a importância dada à disciplina.
Discutir feriados históricos
Como geralmente os professores já trabalham o significado dos feriados históricos, a dica é pesquisar em livros ou na internet algumas curiosidades em relação ao dia. "A participação dos pais é fundamental", testemunha Elaine Rodrigues de Paula, da cidade mineira de Catas Altas. Comece a conversa com "Você sabe por que hoje é feriado?" e vá contando o que descobrir na sua pesquisa. "Quando o filho percebe o interesse dos pais pelos conteúdos escolares aprendidos, quase naturalmente ele passa a prestar mais atenção nas aulas, para conseguir responder às perguntas em casa", explica a professora Elaine Rodrigues de Paula, que testemunhou a melhora do desempenho escolar de seus alunos ao propor um trabalho de resgate da história da família com a ajuda dos pais. Pelo projeto "Objetos e Costumes de Nossos Antepassados", ela levou o Prêmio Educadora Nota 10 da Editora Abril.
Aproveitar as deixas do dia a dia
A História permeia todo o presente, mesmo que não percebamos: nossas vidas estão perpassadas pelas escolhas de pessoas que viveram antes de nós, basta prestar atenção. Nas placas de ruas, nomes de escolas, praças e parques muitas vezes vivem personagens históricos da cidade ou do país. Que tal pesquisar junto com seu filho quem foi a pessoa que nomeia a rua onde moram ou onde passeiam? "Descobrir o que ela fez, em que período viveu e o que acontecia nessa época, pode ajudar a criança a se interessar pelo passado, e consequentemente pela História", afirma a professora Elaine Rodrigues de Paula, nomeada Educadora Nota 10 pelo Prêmio Victor Civita da Editora Abril. Além disso, procure se informar, assistindo ao telejornal, por exemplo. "Se a pessoa se interessa pelas questões cotidianas o apelo da História é inevitável. Não há como tratar a desigualdade social brasileira sem pensar na escravidão, só para citar um exemplo", comenta o professor de História Marcus Vinícius Leite, de Belo Horizonte, Minas Gerais, que venceu em primeiro lugar o Prêmio Microsoft Educadores Inovadores, com o projeto Rádio História. Seus alunos tiveram que pesquisar e gravar noticiários de rádio como se estivessem acompanhando os fatos históricos, como a Queda do Muro de Berlim. "Muitos passaram a entender que o processo histórico é mais complexo e em muitos momentos bem mais interessante do que geralmente trabalhamos em sala de aula", finaliza o professor.


sábado, 24 de setembro de 2011

Shakira - Rabiosa (English Version) ft. Pitbull

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Jô Soares entrevista Paulo Ghiraldelli 21/09/2011

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Black Sabbath - Iron Man - Tradução!!!

Enem e receita de qualidade em educação

Nos últimos dias tive acesso a informações sobre o Enem e deparei-me com uma realidade conhecida: Minas Gerais possui três escolas, particulares, entre as dez melhores classificadas do país no último exame nacional do ensino médio. 
 
Até ai, nada surpreende. O interessante nisso tudo é constatar, mais uma vez, a receita de sucesso para qualquer educação que mereça o adjetivo "excelência", realidade comum a estas três escolas mineiras de qualidades indiscutíveis: maior carga horária de aulas, acesso a material didático-pedagógico de qualidade reconhecida, acompanhamento e reforço escolar constantes por professores da escola em horários alternativos, preparo constante para exames vestibulares, salários dignos para os educadores (muitos pós-graduados, e com vencimentos que podem chegar aos R$ 20 mil mensais).
Preciso dizer mais? Se em nossas escolas públicas aplicássemos esta receitinha simples, que requer investimentos sérios e pesados no ensino público, transformaríamos esta triste realidade de sucateamento do ensino público e da desmotivação docente.
 
Fiquei imaginando eu, trabalhando em tempo integral numa única escola, com aulas tradicionais pela manhã e acompanhamento escolar a tarde, com acesso a tecnologias, banda larga, vídeos, biblioteca volumosa e diversa, cópias ilimitadas de xerox, hemeroteca, recursos para organização de viagens temáticas (excursões Brasil afora), e com um salário digno (não este dinheiro de pinga que os governos e sindicalistas debatem como piso salarial nacional, que nos deixa, a todos, com chapéu na mão e recolhendo moedinhas no chão); ah, como é bom sonhar, mas peraí, esta realidade existe, sim, mas em poucas escolas que sabem, definitivamente, o que é educação de qualidade!
Dai fico pensando, como são pobres os nossos governantes e nossos sindicatos....a receita todos sabemos, basta querer usá-la.

Greve Professores Minas Gerais e Copa do Mundo, por Cristovam Buarque.

sábado, 17 de setembro de 2011

Drauzio Varella discorre sobre ateísmo e outras polêmicas

Hinos Clássicos da Esquerda



terça-feira, 13 de setembro de 2011

ABOLICIONISMO

domingo, 4 de setembro de 2011

Educação Mineira Paralisada a 90 dias!

Os educadores mineiros paralisaram suas atividades em 8 de junho, completando quase 90 dias de movimento grevista na luta pela implementação do piso salarial nacional por parte do estado aecista, capitaneado pelo tecnocrático governador Antonio Anastasia.
Neste extenso período o Estado vem se utilizando das artimanhas de sempre para intimidar os grevistas: contratação de substitutos, corte nos salários, tentativas judiciais de ilegalizar o movimento.
Depois de não se pronunciar sobre a greve por mais de mês, mostrando insensibilidade total com a educação estadual, o Estado mineiro iniciara infrutíferas negociações com os grevistas tendo por intermédio o ministério público estadual. Primeiro não aceitava sequer negociar o piso nacional, depois com a decisão do STF de que o piso não só é constitucional como é a base dos vencimentos dos educadores (não inclusos direitos adquiridos como transporte, alimentação, promoção por tempo de serviço, etc) o mesmo mudou o tom e na última quarta-feira, depois de meses de iniciada a greve, fizera a sua primeira proposta ao sindicado (rejeitada por equiparar um piso de nível médio com licenciaturas).
Parte da sociedade mineira ainda não percebeu que a greve se mantém extensa pela falta de habilidade ou mesmo de política do governo estadual, tecnocrático a ponto de distanciar-se de todo e qualquer interesse social; um governo estático, imóvel, frio, confundindo-se com a própria figura do governador Anastasia e de parte de seu secretariado (todos gélidos, como contadores e suas máquinas de calcular); neste sentido, apesar do desinteresse tucano em fazer justiça social ou mesmo em valorizar efetivamente a educação nacional (sequer pensar a educação nacional, ou alguém conhece alguma iniciativa tucana que transforme o quadro atual da educação brasileira?) o presente governador Anastasia nos provoca uma estranha sensação: de que com o Aécio Neves no comando do estado a greve já estaria melhor negociada, pois o senador é, pelo menos, político de carreira, e como tal, sabe o momento certo de ceder, mesmo que os dedos para depois não perder a mão - ao contrário de Anastasia que insiste em perder o braço!
Nesta quinta-feira, dia 08, haverá nova assembléia dos educadores mineiros e dias antes as negociações deverão seguir o seu curso, apesar da verborragia idiota do governo estadual (que deve estar gastando rios de dinheiro público com anúncios na tv, nos jornais e rádios para sensiblizar a população mineira contra os professores - apontados como intransigentes e até mesmo vagabundos).
 
Cegueira Burguesa
Nestes tempos de longa greve e sequentes mobilizações nas ruas de todo o estado, em especial nas áreas centrais de Belo Horizonte, é de estarrecer os argumentos, pequeno-burgueses, divulgados como "crítica" pela imprensa vendida: de que a população (aliás, uma pequena e privilegiada parte da população) está sendo prejudicada pelo caos provocado no trânsito da cidade durante as mobilizações de professores.
Ao invés de tomar ciência de que algo de muito errado ocorre em nosso estado, e que o futuro de nossa gente é cada dia mais comprometido com a falta de investimentos na educação, reclamam, egoísticamente, de que não conseguem chegar em casa depois de um dia de trabalho! 
E nós, professores, que não conseguimos dignidade com a desvalorização insistente de governos brasileiros sobre a educação? E os milhares de alunos, cerca de 85% dos estudantes brasileiros, tratados como gado nas escolas públicas de todo Brasil? E a violência intra-escolar, que a algumas semanas pudemos novamente presenciar com a agressão filmada de diretora de escola em Contagem-MG, ou mesmo a chacina dentro de uma escola fluminense no ano passado e que estarreceu todo país? E o piso salarial, que tanto se luta Brasil afora e que na realidade é uma afronta ao bom senso quando se pretende assalariar um profissional de nível superior e da importância social de um educador com míseros R$ 1100,00?? 
Não, a greve é ruim, porque o trânsito piora com a greve nas ruas....quando o lugar, real da política desde os gregos antigos, é a rua mesmo e não as assembléias! Política se faz nas ruas, nas ruas!

sábado, 3 de setembro de 2011

Direito de ser Ateu

Ser ateu em um dos países mais crédulos, multiculturais e místicos do mundo nunca foi ou será tarefa das mais fáceis. 
Brasil que herdou, na porrada mesmo (vide 322 anos de Colonização lusitana), o Catolicismo como crença ainda dominante, ontem mais de 90%, quase uma oficialidade religiosa, depois 70% e poucos, hoje pouco mais de 67% - queda eminente, resistente e que insiste em não mudar (para horror do medieval Bento XVI e seus velhinhos conservadores de batina).
Dados recentes apontam crescimento do protestantismo clássico, não o pentecostal (da turma barra pesada Edir Macedo, RR Soares, Silas Malafaia, etc) e sua pobre "teologia" da prosperidade; além de um crescimento dos "não-religiosos": dai englobados agnósticos, ateus e mesmo pessoas que creem em Deus mas que não frequentam ou abraçam uma instituição religiosa (beirando o deismo iluminista do século XVIII, com seu Deus-Natural).
Assim, o Brasil é um país cristão, porém menos do que outrora. E isso aponta para uma ética religiosa fundamental: nós, os não-crentes, temos o direito de ser respeitados no nosso ceticismo.
Numa sociedade marcada por histórica diversidade não é possível aceitar argumentos tolos, pueris, vulgares, que inquisitorialmente apontam os ateus como alheios a moralidade, e para surpresa geral, sinto dizer, mas a moralidade presente em cada ateu é elevadíssima pelo simples fato que, desde a filosofia kantiana do século XVIII, sabe-se que a religião não funda a moral, e sim o seu contrário. Dai, moralidade nada tem a ver com religiosidade ou crença em deus, etc.
A moral, uma razão pura transformada em prática, o fazer o bem porque fazer o bem é o mais adequado a se fazer racionalmente e não porque se não fizer x, y ou z estarei condenado a sofrer torturas metafísicas pela eternidade. 
Você é bom porque racionalmente é melhor ser bom, a vida em sociedade torna-se possível com a bondade racional de cada um. Não é necessário inserir neste contexto entidades metafísicas que lhe obriguem à bondade.
Falo isso porque pululam nos meios de comunicação uma infinidade de personagens caricatos travestidos de apresentadores, jornalistas, que vociferam intolerância para com os descrentes - intolerância esta que por exemplo reforça a violência que um pai sofreu ao ser "confundido" como pedofilo (apenas por demonstrar afeto pelo filho ao caminharem juntos na rua).
Se Deus existisse certamente estaria com vergonha de muitos, muitos, dos que se dizem fiéis seguidores.