Esta semana pude assistir no Canal Brasil (canal 55 da Sky) o documentário "Dossiê Jango", marcado por imagens, áudios, depoimentos/entrevistas, cujo enfoque seria o assassinato do ex-presidente brasileiro pela "Operação Condor" (organização paramilitar formada, em 1975, pelas ditaduras de Bolívia, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil, com o objetivo de exterminar grupos e pessoas ligadas à resistência de esquerda).
Na oficialidade Jango morrera vitimado por um fulminante infarto, até porque sofria verdadeiramente de cardiopatias, em meio a seu exílio político em território argentino (também passou largos períodos no Uruguai). Já "Dossiê Jango" ilustra uma história diferente: o ex-Presidente teria sido vítima de uma suposta troca de medicamentos, sendo então assassinado por uma espécie de "envenenamento" provocado por um agente do Condor.
Segundo o documentário, produzido por Paulo Henrique Fontenelle, Jango teria sido morto dentro da ótica condoriana de que, além deste ser uma liderança popular e de parte da história democrática do Brasil, o ex-presidente mantinha conexões políticas com lideranças latino-americanas que faziam oposição aos regimes instaurados no continente (todos com as bençãos do Império estadunidense). Vale acrescentar que o filme também aponta para o Condor as responsabilidades pelas mortes do também ex-presidente Juscelino Kubitschek (na oficialidade morto num acidente automobilístico em 22/08/1976 na rodovia Presidente Dutra) e do ex-governador da Guanabara e histórico líder udenista Carlos Lacerda (na oficialidade vítima de um infarto dentro da Clínica São Vicente, quando buscava tratar-se de uma gripe em maio de 1977).
Minha opinião profissional é de que são, no mínimo, suspeitas as mortes de Jango, JK e Lacerda, num curto intervalo de tempo. Para ampliar o debate, e as próprias sombras que recobrem a morte de Jango, o documentário ilustra que muitas pessoas ligadas direta ou indiretamente a morte de Jango (cujo corpo não foi sequer realizado laudo, perícia após a sua morte, sendo um verdadeiro transtorno o seu traslado para São Borja-RS, onde fora sepultado) acabaram morrendo de causas estranhas, muitas delas também por infarte! Vale ressaltar que a Operação Condor é uma realidade histórica e ela foi muito ativa, vitimando, entre outros o general chileno Carlos Prats (set.1974) e o ex-ministro chileno Orlando Letelier (set. 1976).
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Para Documentário ex-Presidente Jango morreu assassinado
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Historiador e educador brasileiro. Nascido em São Paulo (12/08/1978), radicado em Belo Horizonte (onde viveu por 26 anos) e atualmente vivendo na cidade paulista de Atibaia (60km da capital São Paulo). Graduou-se (como bacharel e licenciado) como Historiador no ano de 2006 no UNIBH/ou FAFI-BH (recebendo prêmio em março de 2007 como destaque acadêmico do curso de História de sua universidade).
Atuou em projetos de pesquisa, na prefeitura (Centro de Referência Áudio-Visual)de Belo Horizonte sob coordenação da historiadora dra. Heloisa Greco/UFMG; além disso é um dos organizadores do acervo Carmela Pezzuti.
Como educador atuou na rede pública de ensino mineira desde 2004, quando ainda era universitário. Tivera experiências na escola da comunidade judaica de BH, e por mais de um ano fora professor-monitor do curso de História do UNIBH nas disciplinas História Medieval e Brasil República I. Desde 2014 é professor efetivo do Estado de São Paulo, e desde janeiro de 2015 tornou-se professor da educação básica do Colégio Atibaia, parceiro do Sistema Etapa de Ensino.
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