quarta-feira, 30 de abril de 2014

Eu, o "geógrafo"

Tenho trabalhado semanalmente com turmas do ensino fundamental e médio no conteúdo de Geografia, sim...Geografia. Esta disciplina até então tratada à distância nos meus estudos, análises, pensamentos, e eis que aqui em São Paulo cá estou ensinando Geografia aos jovens e adolescentes. Tem sido uma experiência nova, boa. Claro que a didática, o método, até então claros em minha mente quanto ao ensino de História, na Geografia passa a me exigir postura mais reflexiva - o que tem exigido que eu seja melhor professor.

Estudar e ensinar a Geografia tem me possibilitado conhecer e reconhecer melhor o nosso planeta, os fenômenos cósmicos e naturais que interferem em nossas vidas, e além, tem proporcionado um olhar mais dinâmico sobre a História e os fenômenos que seriam próprios da História.

História e Geografia, deixo claro, não são áreas co-irmãs como alguns pensam até hoje (reflexo dos tempos da Ditadura e do ensino de Ciências Sociais), porém são complementares, uma contribuindo à outra, enriquecendo toda análise/compreensão. Ensinar Geografia exige mais materialidade: mapas, globo, textos, imagens, projeções, vídeos, porque antes de tudo este conteúdo tem algo que se não é mostrado, visto, presenciado, ele sempre será manco, problema este que a História, teórica por excelência e episteme, não tem. Um bom professor, uma boa leitura, e algum interesse, bastam para um conhecimento mediano da História (em termos escolares, o suficiente). A Geografia, para ser bem assimilada, pede mais, pede material adequado e acessível. E ai, esbarramos nas limitações e problemáticas do ensino público nacional. Uma pena.