terça-feira, 18 de janeiro de 2022

O CANTO LIVRE DE NARA LEÃO GLOBOPLAY

HOMENAGEM À MESTRE MONARCO DA PORTELA

segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Capela dos Aflitos - a supressão da memória negra na Liberdade.

 Fotos e edição by Roberta Barsotti.





Por alguns dias permanecemos no bairro da Liberdade, em São Paulo, e claro, no senso comum entendido como um local tipicamente oriental, ou pior exclusivamente "japonês" (há coreanos, chineses, tailandeses, por exemplo).
Não, não...a História, mestra Clio, fala de algo bem diferente. A Liberdade carrega este nome a partir de suas origens negras, em especial com o soldado Francisco José das Chagas, o "Chaguinhas", cujo enforcamento não se consumou por 3x quando a corda arrebentou e as pessoas próximas pediam por sua liberdade. Chaguinhas acabou executado enforcado por uma espécie de cinta de couro, condenado no início do século XIX por ter se rebelado contra os baixos soldos dos militares de então.
Chaguinhas foi mais uma vítima, negra, do Largo da Forca (hoje Praça Liberdade-Japão), e ali naquela região/quadra entre os séculos XVIII e XIX havia o Cemitério dos Aflitos (1774) e posteriormente a Capela dos Aflitos (1779). Oras, como assim "aflitos"? Era o local para sepultamento dos mais pobres, dos negros, indígenas, e também dos condenados e executados no Largo da Forca.
Hoje a região está repaginada, a partir da chegada dos orientais em 1912, passando pela instalação das conhecidas luminárias na década de 1970 (presente até mesmo na rua dos Aflitos, de frente a capela e descaracterizando totalmente o local e sua historicidade), e culminando com o acordo entre a gestão Doria/Covas e a loja Ikesaki que renomearam a praça e a estação do metrô como "Japão-Liberdade" em 2018.
A Liberdade, que deveria ser reflexo da nossa diversidade e respeitando a História, virou símbolo de um projeto de exclusão (de caráter racial e social) e de gentrificação (elitização de uma área).
Uma pena que na visita dos últimos dias a Capela estava fechada, e as missas são realizadas ali apenas às segundas-feiras para um pequeno público de até 20 pessoas.
O local é identificado por sensitivos como um ambiente de sofrimento, onde muitas almas perdidas buscam por luz.
E tem gente que ainda duvida da utilidade do conhecimento histórico....ele é capaz de conscientizar, identificar, dar sentidos (caráter teleológico), desnudar a realidade. O olhar do historiador é, realmente, "além do alcance" como diria o líder Thundercat!

domingo, 25 de abril de 2021

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terça-feira, 30 de março de 2021

CAMPANHA FORA G-E-N-O-C-I-D-A [Vídeo 2]

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

A História explica: Bolsonaro e a tradição salvacionista.

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