No último dia 11 de julho, com uma magra vitória espanhola por 1 a 0 diante da Holanda, deu-se por encerrada a Copa do Mundo de Futebol disputada na África do Sul, pois bem, a "batata quente" agora está colocada no colo de todos nós brasileiros.
Não é preciso ser nenhum Nostradamus para prever o obvio: a Copa Brasileira de 2014 será a maior farra com o dinheiro público de toda a história deste injusto e imoral país. Seja quem for eleito agora para comandar a nau tupiniquim, seja quem for eleito nos estados da federação, seja quem for eleito nas assembléias legislativas, nada, absolutamente nada, mudará o rumo certo e nojento que se dará daqui por diante - dinheiro público voando aos montes para cobrir as exigências da "Fifa" (ou Grande Capital Internacional) perante um país de terceiro mundo com sérios problemas infra-estruturais.
Vender a ideia de que o evento deixará uma herança positiva ao país, atrairá investimentos duradouros ao país, revolucionará o país como um todo, é a mais pura bobagem. Veja a África do Sul: continuam os mesmos problemas de antes da Copa do Mundo, as mesmas desigualdades, o Soweto miserável (antes poetizado em várias reportagens esportivas) ainda está lá com suas crianças brincando de jogar bola em meio a falta de saneamento, asfalto, educação e perspectivas. E os estádios, lindos, maravilhosos, que custaram uma fortuna ao país, inclusive um deles se não me engano localizado em Durban contendo um trem guiado por trilhos ao longo da estrutura superior do estádio (dando uma volta sensacional no anel ou cúpula da construção) serão agora usados para que? Para porra nenhuma! E ai, em meio a tantos problemas sociais, a África do Sul agora convive com imensos e faraônicos elefantes brancos - que certamente irão sugar, dia a dia, os impostos dos poucos não miseráveis daquele país.
O povo brasileiro precisa acordar para a realidade, esquecer o futebol como esperança nacional, como projeto nacional (que não o é, vide ser um negócio dos mais lucrativos e imorais do mundo), e passar a cobrar das autoridades, do Estado brasileiro que nos trata como um cafetão (sugando 5 meses de trabalho, para pagamento de impostos, os mais altos do mundo, de cada um de nós) e nós como vadias de rua a ser exploradas e quando desobedientes espancadas com grande violência, um projeto real de mudanças e investimentos que transformem, na realidade, este país, em direção a um futuro mais igualitário e progressista.
Eu não quero um país com arenas multi-uso, estádios com trem e shopping center (onde 5% da população poderá frequentar e usar), eu quero um Brasil com analfabetismo zero, mortalidade infantil zero, perspectivas de trabalho e renda para todos os jovens, cultura e educação de qualidade para todos, esporte como fomento a saúde e a integração e não a negociatas ou tráfico negreiro pós-moderno (venda de jogadores, atletas, na maioria negros e de baixa renda, para clubes das mais diversas partes do mundo, as vezes com o atleta ainda menor de idade), desemprego em queda livre, desigualdade social em queda livre, transporte público de qualidade e que respeite os cidadãos, abandono de práticas predatórias ao meio ambiente, isso sim! E leitor, leitora, você acredita que isso virá no meio do pacotão capitalista chamado "Copa do Mundo de 2014"? Chega de ingenuidade!
Exatamente, todo esse investimento deveria ser
ResponderExcluirrevestido ao favor dos que realmente precisam ao inves de favorecer os gringos que por somente 1 mes passarao por ai. E da-lhe drogas, e da-lhe prostituiçao. Lamentavel.