quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Contratação de Educadores em Minas Gerais: sinais de amadorismo crônico

Final de janeiro, o que poderia significar o fim de uma longa e merecidas férias torna-se, ano após ano, uma verdadeira via crucis para o educador mineiro (e claro, esta realidade vai se reproduzindo, em maior ou menor grau, Brasil afora). Onde vou trabalhar? Quantas aulas terei? Quantos turnos trabalhar? Como funcionará a seleção e contratação destes professores? E as contas de fevereiro, março, por vir....a família fica até atônita em ver como o sistema educacional é cruel com aqueles que deveriam ser motivados, valorizados, hoje e sempre.


Estou a algumas semanas fazendo estes questionamentos e procurando respostas da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, que tem concurso homologado desde novembro de 2012 (basta procurar na Imprensa Oficial de Minas Gerais a publicação de 15/11/2012) e até o presente momento, a cinco dias do início do ano letivo de 2013 nada se concluiu, nada se avançou: educadores concursados e classificados(como eu), com muito mais vagas em aberto do que a apontada em edital, agora obrigados a procurar por contratos.



Se alguém tiver a curiosidade de conhecer a situação dos educadores mineiros, e do mau funcionamento do sistema educacional em nosso estado, sugiro que observem e leiam os posts que os colegas educadores teem colocado no site  http://www.facebook.com/educacaominas



Finalizando, reproduzo aqui comentários meus deixados no site acima citado:


Todo início de ano é este caos na educação mineira: professores desorientados, ansiosos, alunos iniciando ano letivo sem professor em sala, brigas e discussões acaloradas em designações, resoluções esdrúxulas (como no chamado exame pré-admissional, que só existe dentro deste sistema surrealista), divisões internas numa categoria que só existe no mundo da imaginação (efetivos, efetivados, substitutos, designados, aposentados, etc, etc). E ainda por cima, depois que isso passa e você começa a trabalhar, designado (que é a grande maioria dos educadores do Estado), ainda exigem que você faça um bom trabalho! Que jeito?? Você não sabe se o contrato será cumprido até o seu final, você pega as turmas e entra em sala sem planejamento definido (eu já assinei designação em 1 de fevereiro e minutos depois estava em sala conhecendo os alunos). Amadores, a educação mineira está nas mãos de amadores, revoltante o que, mais uma vez, estamos vivendo. O Estado deveria se lembrar que eu, e outros milhares de educadores, temos contas a pagar, familiares por assistir, ou seja, temos uma vida mantida pela profissão que escolhemos e amamos, porque só amando mesmo...
Aonde existe a exigência de exames médicos para trabalhadores que ainda não foram contratados? Quem já trabalhou em qualquer outra categoria, como eu no comércio, em serviços, etc, sabe que depois de assinado o contrato você se submete aos exames admissionais - se você apresentar problemas que o impeçam de trabalhar, ok, e o seu contrato perde valor. Por que na educação é o contrário? Por que apresentar exames, gastar dinheiro (que não se tem, visto o desemprego), antes mesmo de ter sido contratado? Por que fazer exames médicos para ter uma possibilidade de trabalho?? Como disse, são amadores. E como amadores gostam de inventar e burocratizar. Vergonha Minas Gerais!



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