Ainda não "apreciei" por completo a resolução imposta pelo CEE-SP quanto aos procedimentos de avaliação dos nossos educandos, agora amparados legalmente para questionar toda e qualquer avaliação realizada pelo trabalho docente.
É mais do mesmo: burocratizar o trabalho nas escolas, dos educadores, tornando o "avaliar" um ato tão complexo, agora sob livre apreciação dos alunos, que o efeito natural disso tudo não será outra coisa senão a contra-avaliação, ou simplesmente o não-avaliar (ato de resistência imediato e simplista). Quem se dará o risco de ter que encarar um processo burocrático, envolvendo até as diretorias de ensino do estado, por um exercício avaliativo, uma prova, uma lição de casa, etc?
Lembrando que as condições de trabalho docente são as piores possíveis, a remuneração está defasada (no estado de São Paulo já vamos para 4 anos sem reajuste salarial algum), afora a violência escolar que tem sido uma sombra terrível dentro do ambiente de trabalho, a progressão continuada que na prática escolar tem sido aprovação automática; agora, a desconfiança recai, abertamente, sobre a avaliação do professor, que está sendo desnudado pelos membros do conselho estadual de educação de São Paulo.
O princípio disso tudo é duplamente cruel: retira a autoridade pedagógica do educador, sob uma falsa aura democrática, e força uma situação que dificilmente qualquer educador segurará uma possibilidade de retenção escolar. Menos trabalhoso "liberar geral"....e servir de bucha para uma engrenagem (sistema educacional dos estados brasileiros, uma das coisas mais contraproducentes do mundo) que coloca no mercado de trabalho uma massa de jovens totalmente despreparados para a construção de um futuro digno, condenando os filhos(as) das periferias à marginalidade ou ao subemprego.
Os professores tem que despertar para a luta política que terá que ser enfrentada, caso contrário seremos esmagados por setores privilegiados, de base liberal, que não querem assumir a educação como política pública, destruindo-a até ao ponto de atingirem o sonho de privatizar ou terceirizar o ensino dos jovens deste país.
O CEE-SP é inimigo da escola pública, e é inimigo dos professores sobretudo.
domingo, 3 de setembro de 2017
O professor está nu!
Historiador e educador brasileiro. Nascido em São Paulo (12/08/1978), radicado em Belo Horizonte (onde viveu por 26 anos) e atualmente vivendo na cidade paulista de Atibaia (60km da capital São Paulo). Graduou-se (como bacharel e licenciado) como Historiador no ano de 2006 no UNIBH/ou FAFI-BH (recebendo prêmio em março de 2007 como destaque acadêmico do curso de História de sua universidade).
Atuou em projetos de pesquisa, na prefeitura (Centro de Referência Áudio-Visual)de Belo Horizonte sob coordenação da historiadora dra. Heloisa Greco/UFMG; além disso é um dos organizadores do acervo Carmela Pezzuti.
Como educador atuou na rede pública de ensino mineira desde 2004, quando ainda era universitário. Tivera experiências na escola da comunidade judaica de BH, e por mais de um ano fora professor-monitor do curso de História do UNIBH nas disciplinas História Medieval e Brasil República I. Desde 2014 é professor efetivo do Estado de São Paulo, e desde janeiro de 2015 tornou-se professor da educação básica do Colégio Atibaia, parceiro do Sistema Etapa de Ensino.
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Lamentável. Mas esta é a sociedade que está sendo formada.
ResponderExcluirH.Gré