Finalmente, após uma batalha eleitoral que se arrastara por meses, chegamos ao derradeiro resultado: eleita Dilma Rousseff, do PT, a primeira mulher presidente deste país.
Vitória de Dilma, vitória de Lula (anunciada a tempos quando vemos a aceitação presidencial chegar a aprovação de mais de 80% dos brasileiros); e claro, nova derrota demo-tucana (em especial do grupelho de Higienópolis, capitaneados pelo ex-presidente FHC), derrota das forças que insistem no conservadorismo (como setores direitistas vindos de movimentos religiosos, como o neopentecostalismo carioca ou a renovação carismática católica, além de setores da CNBB alinhados com a política medievalista de Bento XVI).
Apesar de reafirmar, sempre, que a democracia representativa é uma falácia, uma instituição demagógica e reprodutora de uma ordem social que promove desigualdade e injustiças, ainda assim, a escolha de Dilma Rousseff indicara que os brasileiros estão votando melhor, deixando para trás séculos de preconceito de gênero - do tipo que condenara as mulheres a vida domiciliar, como eternas amélias na beira do fogão a espera do homem provedor.
Sem nunca abandonar o clamor revolucionário, o fulgor anarquista que não aceita a autoridade e o domínio do homem pelo homem, não posso, como cidadão, deixar de desejar boa sorte a nossa Presidente e que ela, com toda sorte, faça do Brasil um lugar melhor para se viver.
Parabéns Dilma Rousseff!
É considerável a eleição da Dilma (mesmo não indo com a cara dela), mas acredito que fará um trabalho melhor que o do Lula. Não me iludo com o "milagre do crescimento" brasileiro. Acredito que poderíamos estar bem melhor.
ResponderExcluirAbraços, Professor!