sábado, 18 de dezembro de 2010

Gaga devora Noel, e assertivas sobre o Natal



Lady Gaga, ótima sacada, afinal por que não devorar o Papai Noel? Símbolo do consumismo, com suas roupas vermelhas, negras e brancas (alusão clara a Coca-Cola Company)...

Quantos pais e mães, agora mesmo, estão em suas casas desesperados, gastando o que não poderiam com o consumo demonstrado pelo desejo irrefreável de seus filhos, crianças e adolescentes. E tudo isso para quê? Demonstrar afeto, dentro do chamado "espírito natalino"...bobagem!

Afeto é ação diária, do cuidar do outro, do zelar pelo bem-estar do outro, e não por saciar o desejo do outro.

Assim como a controvertida artista eu sou daqueles que não gostam, definitivamente, do Natal - em todos os sentidos, desde o sentido religioso até o mais material argumento, no caso o consumo pela via da troca de presentes.

O final de um ano e a chegada de um novo ano são pura abstrações humanas, dentro da concepção, criativa, do que seria o tempo; porque na realidade vivemos um eterno hoje, um eterno presente. Passado, futuro, são mecanismos memorialistas, referenciais, não existencialmente aceitáveis. Obviamente que inserido na cultura ocidental como estou é fato desejar aos amigos mais próximos, colegas de trabalho, familiares, um ano seguinte de prosperidade e vitalidade - mesmo sabedor que da noite do dia 31 de dezembro se comparada ao dia 01 de janeiro literalmente nada, nada, mudará.

A caminhada humana é uma só, sem direção, como pura sobrevivência. Podendo comer, beber, dormir, ter um lugar para me proteger, já me darei por satisfeito. Mas Tiago, quais os planos para o amanhã? Não há amanhã, meu caro...

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