terça-feira, 30 de agosto de 2011

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Entrevista com o antropólogo Roberto da Matta

Excelente entrevista do antropólogo Roberto da Matta no programa Roda Viva da TV Cultura.






sábado, 27 de agosto de 2011

Sex Pistols "Anarchy in the U.K." (Anarquia no Reino Unido)

I'm antichrist, I'm anarchist
Don't know what I want
But I know how to get it
I wanna destroy the passerby
Eu sou um anticristo, eu sou um anarquista
Não sei o que eu quero
Mas sei como conseguir
Eu quero destruir transeuntes
 
'Cause I want to be anarchy
No dog's body
Porque eu quero ser a Anarquia
Não o cachorro de alguém

Anarchy for the U.K.
It's coming sometime and maybe
I give a wrong time, stop a traffic line
Your future dream is a shopping schemeAnarquia para o Reino Unido
Virá em algum momento e talvez
Dou o tempo errado, paro o fluxo de trânsito
Seu sonho futuro é um esquema comercial

'Cause I wanna be anarchy
In the city
Porque eu quero ser a Anarquia
Na cidade
 How many ways
To get what you want
I use the best, I use the rest
I use the enemy, I use anarchyQuantas formas existem
Para conseguir o que se quer
Eu uso o melhor, eu uso o resto
Eu uso o inimigo, eu uso a Anarquia

'Cause I want to be anarchy
It's the only way to be
Porque eu quero ser a Anarquia
É a única maneira de ser

Is this the M.P.L.A. or
Is this the U.D.A. or
Is this the I.R.A.?
I thought it was the U.K.
Or just another country
Another council tenacy
Isso é a M.P.L.A. ou
É o U.D.A. ou
É o I.R.A.?
Eu pensei que fosse o Reino Unido
Ou apenas um outro país
Outra propriedade do Conselho

I wanna be anarchy
And I wanna be anarchy
Oh, what a name
And I wanna be an anarchist
I get pissed, destroy
Eu quero ser a Anarquia
Eu quero ser a Anarquia
Oh, que nome
E eu quero ser um Anarquista
Ficar bravo, destruir

terça-feira, 16 de agosto de 2011

DOCENCIA: NOÇÕES POLÍTICO-PEDAGÓGICAS

"A Serbian Film" - O filme que a Censura promoveu!

Um dos assuntos mais comentados nas últimas semanas foi a proibição/censura da película "A Serbian Film", algo digno de lamento, afinal censura alguma é justificável! O argumento da justiça brasileira é de que o filme contém cenas carregadas com uma certa apologia a pedofilia, o que é uma meia-verdade, e mesmo assim, simplesmente censurar o filme acabara por provocar uma curiosidade geral em vê-lo, experenciá-lo, e hoje você já o encontra disponível em qualquer barraquinha de rua onde dvds pirateados são vendidos a qualquer hora do dia.

Se o filme não tivesse sido censurado, estaria condenado a ser mais um de tantos filmes B, de nicho peculiar, e provavelmente nem seria notado por mim ou mesmo por quem agora lê o que escrevo. Censurado, ele ganhou mídia e atenção, e hoje qualquer adolescente com um mínimo de habilidade online conseguirá baixá-lo em seu computador e assisti-lo no conforto do lar, mas, não era isso que a justiça brasileira queria evitar? Pois é....censurar nunca é a melhor resposta!

Pois bem, como muitos, tive acesso na última noite a uma cópia do filme e o assisti atenciosamente. Sinceridade, é um lixo. É o tipo de produção que consegue público só pela base do choque, ou seja, do quanto pior melhor, e dá-lhe sequências surreais que misturam sexo e violência gratuitos.

Quando quer dizer algo, diz pouco: que dentro de cada um de nós pode haver sempre uma centelha de perversidão ou sadismo, e pior, que o leste europeu é locus de todo tipo de sujeira, marcado por uma população empobrecida, violenta e imoral. Não é sem razão que em muitos momentos o filme me dava alusões ao também polêmico "O Albergue" aonde jovens eram aprisionados e torturados, num pedaço esquecido do mesmo leste europeu, por burgueses ávidos por sangue numa espécie de terapia às avessas. Se a terapia presente em "O Albergue" era a tortura pura e simples, em "A Serbian Film" a tortura ganha requintes de sexo brutalizado.

Aos curiosos digo que o filme traz imagens chocantes realmente: em uma cena o protagonista é obrigado a receber sexo oral de uma mulher enquanto assiste imagens de uma criança chupando pirulito, noutra recebe sexo oral de uma mulher cheia de hematomas e acaba por gozar na cara dela enquanto soca a cara da mesma (nisso a câmera em close), em outro momento sob efeito de drogas espanca e decepa uma vítima que de quatro e algemada é violentamente penetrada, etc...mas, o argumento a respeito da pedofilia? A relação com o filho é de causar certo estranhamento quando o pai de alguma forma conversa com o menino sobre masturbar-se, em uma das primeiras cenas do filme o garoto está sentado e assistindo um filme pornô estrelado pelo pai (um ator pornô aposentado), e por fim o final marcado por uma cena de brutalidade tão grande que me deixa incomodado em descrevê-la aqui.

Ao final ficou a certeza de que o filme é uma produção tosca, pra chocar quem o assiste e nada mais; não merece os holofotes, mas no Brasil atual, careta e idiota, a justiça acabara por promover, sem "querer", uma porcaria cinematográfica. Se estiver curioso, e claro, tiver estômago forte, assista e perceba quanto a censura é um bumerangue.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

No dia dos solteiros falando em casamentos!

Nem sabia ao certo que a data de hoje seria o tal "dia dos solteiros", mas as mensagens foram tantas sobre o tema, no facebook, no twitter, etc, que não dá para ficar alheio ao assunto; contudo, faço o contrário, no dito dia dos solteiros venho aqui falar sobre o casamento.
 
O casamento é um fenômeno social, que de certa maneira legitima a união entre dois seres (na Pré-História legitimava a união inclusive de grupos, em casamentos tribais e coletivos - como aponta Engels no clássico A Origem da Família, do Estado e da Propriedade) humanos diante do tecido social, do Estado. E este, tornado instituição, acaba por apresentar ritual próprio, regras, etc...
 
Até décadas atrás casamento, aqui no Brasil, era o tradicional véu de noiva, festa, igreja (grande parte em cerimonial católico), dentro de um planejamento que beirava as vezes anos e dispendia centenas e centenas de recursos do casal e dos familiares destes. Isso mudou, nos tempos da contemporaneidade, hoje estamos mais pragmáticos ao casar e menos suntuosos. 
 
Muitos dizem que o casamento está em crise, isso é uma meio-verdade ou mesmo um dado incompleto: ele não está em crise, ele mudou. O casamento tradicional, de vinte ou trinta anos atrás sim, está condenado a ser raridade, mas as pessoas continuam se casando, porém de maneira diferenciada e como disse antes, pragmática.
 
Raro alguém se casar tendo em vida um único relacionamento amoroso; raro alguém se casar sem nunca ter tido relações e experiências sexuais; já não é incomum casais que se casam diante do Estado, em união civil (criado por Napoleão Bonaparte quando tornou-se cônsul do Império Francês no início do século XIX), encarando o casamento como fenômeno social/humano (portanto aberto a erros, a falhas, a possibilidade de desunião futura-divórcio) e portanto distante de religiões e divindades; hoje as pessoas casam-se cada vez mais tardiamente, isso quando se casam (já que não são poucos os que se mantém solteiros, por opção, em toda vida); e nem sempre todo casamento produz filhos (muitos são os casais que optam por não ter crianças, ou mesmo quando o casamento é de caráter homoafetivo). Perceberam como o casamento mudou? Eu disse, ele não está em crise, ele mudou, o que entrou em decadência é o casamento fechado como modelo único, pronto, tradicionalista e conservador. Mas, por que o casamento mudou?

Primeiramente as sociedade mudaram, a cultura mudou, os tempos são outros. Tivemos nos anos 60 do século passado intensas lutas pelo direito das mulheres/feminismo, debates mais abertos quanto a sexualidade, a aceitação do divórcio, o uso de pílulas anticoncepcionais, o amor-livre, e a inserção definitiva da mulher no mercado de trabalho - exercendo cada vez mais preponderância nas organizações e até chefiando governos (o Brasil hoje é exemplo com a Presidente Dilma). Outros fatores são de ordem econômica: a vida está mais dispendiosa, cara. O desemprego é muitas vezes estrutural, havendo deficit habitacional especialmente nos países hoje em desenvolvimento. A taxa de natalidade é cada dia menor, especialmente nos países europeus, hoje já envelhecidos e que terão como desafio rombos previdenciários monstruosos; a expectativa de vida do homem pós-modernos alcança em muitos países os quase 80 anos de idade; tudo isso são fenômenos que desestimulam casamentos tradicionalistas - com casais jovens e com muitos filhos.
Peguemos exemplos de minha família. 
Mário Arthur e Glória (casados aos 16 anos de idade) - tiveram três filhos: Mário, Mauro (meu pai) e Mara.
Elizabeth e Vander (casados aos 16 anos de idade) - tiveram uma única filha: Elaine.
Mauro e Elaine (meus pais, casados aos 21 anos de idade) - tiveram dois filhos: Tiago e Tarcila.
Tiago, eu; e minha irmã Tarcila, eu com 33 anos e ela com 28, estamos ainda solteiros e sem filhos. 
O exemplo acima mostra que meus avós, casados em meados dos anos 50, casaram no civil e religioso ainda adolescentes; meus pais casaram no final dos anos 70 (no início da vida adulta) ainda no religioso e no civil e tiveram menos filhos e ainda por cima se separaram depois de oito anos de casamento; nos dias atuais eu e minha irmã já estamos no ápice da vida adulta e nos mantemos solteiros e sem filhos, e eu, ateu convicto, quando casar será apenas uma união civil. Mudanças estas num período de 3 gerações de uma mesma família, mostrando que as pessoas ainda se casam e até valorizam o casamento, contudo ele hoje é um fenômeno marcado por transformações e diferenciações.

Isso é bom? Evidente, porque mostra que a liberdade humana acaba por prevalecer diante de todas as tradições, transformando-as!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Parabéns a mim mesmo: 33 anos de vida! Obrigado a Todos!

Quero através do meu blog principal agradecer todo carinho, amizade, de amigos, amigas, colegas de trabalho, alunos e alunas, alunos virtuais, leitores e leitoras, familiares, todos que tornam a minha vida uma existência mais completa e brilhante!
Um obrigado especial para minha mãe Elaine, que me deu a vida; meus irmãos mais novos que sempre poderão contar com o mano velho; meus avós materno e paternos que sempre zelaram por mim desde pequeno; o meu irmão Wesley que me brinda com sua amizade fiel e verdadeira a vinte anos; a minha querida e amada namorada Adriana a quem quero construir uma vida de plenitude; a todos meus alunos que são a razão de todo meu empenho e esforço em ser um educador e um homem melhor!
Parabéns a todos vocês também...
Milhares de abraços e beijos, com carinho
do mestre
Tiago de Castro Menta

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Seriado de Qualidade "Os Borgias"

Isso é Catolicismo! Conheçam a história de Rodrigo Borgia (Papa Alexandre VI), corrupto, depravado, e que transformou o papado numa espécie de máfia familiar na Itália Renascentista do século XV...todo domingo às 22 horas no canal pago TCM (produção original Showtime).



terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os inimigos do povo e apontamentos libertários

Desde os distantes tempos dos antigos persas e a construção do Mazdaísmo a humanidade vem tomando como referencial ético a existência, dicotômica, entre “Bem” e “Mal”; algo no mínimo questionável, tudo é muito relativo e os valores éticos transformam-se ao longo do tempo, porém o que aqui quero deixar claro que há uma tendência do “espírito” humano em dicotomizar a vida, separando “joio do trigo” (como nas passagens bíblicas).

Como intelectual, formador de opinião e de consciências mais jovens, como educador e historiador engajado que sou, é chegado o momento de dicotomizar, de apontar, principalmente, quem são (instituições, pessoas, grupos) os Inimigos do Povo! Lembrando que os considero inimigos do povo, dos interesses populares, do bem-estar da maioria oprimida do mundo, por uma série de razões, mas se igualam em questões como: classismo, conservadorismo, intolerância, xenofobia, arrogância, apatia, demagogia, hipocrisia, violência, autoritarismo, insensibilidade.

Inimigo número 1 – O Estado e suas estruturas de sustentação: forças armadas e policiais, classe política e dirigente, e órgãos judiciais. Não há como acreditar em democracia, representatividade, leis.

Inimigo número 2 – Instituições Religiosas: mecanismo bio-psicológico humano tornado algema, alienação, reforçando divisões e intolerância por toda parte. Lembrando que a fé popular é algo separado das instituições criadas sob interesse de dominação. A fé não se apega a regras, a ritos, a hierarquias, ela é crença, é experienciação pessoal, e se deturpa quando se materializa em instituições sociais. O inimigo não é a crença, mas a Igreja.

Inimigo número 3 – Relações Capitalistas: sistema sócio-econômico criado e desenvolvido ao longo da história humana, amparado no que há de mais orgulhoso e individualista no ser humano. A propriedade privada, o consumo, o dinheiro, o lucro, o trabalho assalariado, o mercado financeiro, os bancos, são o sangue que retroalimentam uma vida de concentração de renda e desigualdade gritante, onde poucos usufruem das benesses do desenvolvimento humano e milhares vivem no obscurantismo de migalhas ou mesmo na mais completa solidão da miséria.

Inimigo número 4 – A Sociedade Espetacular: são os falsos ídolos, o mundo das celebridades, a futilidade em nome de uma sociedade do Capital, construindo falsas necessidades e falsos ideais. É a ode ao aparente, naquilo que há de mais mentiroso. Marketing, publicidade, moda, ditadura da magreza (estética deturpada), mídias, esportes, como mecanismos fetichistas, direcionando/dominando a juventude em especial.

Inimigo número 5 – Ideologias Deturpadas: ideias que reforçam a divisão entre as pessoas e não a comunhão ou o coletivismo essencial do humano (na obvia certeza de que somos todos iguais, todos homo sapiens sapiens, providos de potencialidades e da necessidade do outro, sempre); Machismo, Patriotismo, Racismo, Classismo, Liberalismo, Socialismos Autoritários, são estruturas que se auto-proclamam verdadeiras a partir da negação do outro e da depreciação do outro.

Inimigo número 6 – A Imprensa: antes instrumento de cultura, de informação, hoje é instrumento de poder, nada mais. Conglomerados televisivos, de comunicação, jornais, publicações, são fonte de renda, negócio, como qualquer outro, apoiado e financiado pela ordem sócio-econômica vigente. Hoje o Estado é o principal anunciante de qualquer veículo de comunicação, fazendo-se e legitimando-se sob as vozes dos ditos formadores de opinião (deturpadas e filtradas) ou mesmo das notícias mentirosas/tendenciosas que escamoteiam qualquer possibilidade de busca da verdade.

Dando nome aos bois! Oras, no caso brasileiro fica o meu conselho de que você, meu leitor jovem e consciente, cidadão verdadeiro, evite acreditar:
Organizações Globo, Rede Record, SBT, etc...
Qualquer jornalista ou mesmo pseudo-jornalista...
Catolicismo, Renovação Carismática, Igrejas Neopentecostalistas...
Partidos Políticos ou mesmo qualquer político profissional (como já preconizava Weber isso ai já virou negócio e profissão há muito tempo)...

Mas e então...acreditar em que?
Em você mesmo, em educar-se; educação que liberta, que não aliena.
Acreditar na vida em comunidade, nos familiares e amigos, na pessoa que se ama e que se destina construir vida em comum e multiplicar a espécie.
E que caminho seguir? Buscar a liberdade, sempre. E a liberdade, em termos ideológicos, pode ser encontrada em diversas ideias e pensamentos, em movimentos sociais, como o cristianismo primitivo (não-paulino), marxismo (não o leninismo, muito menos o stalinismo), o existencialismo, o feminismo, a democracia participativa ou direta, a autogestão, o anarquismo, o movimento negro, o movimento GLBT, o budismo, a teosofia, o islamismo não-jihadista, as ciências, o multiculturalismo, a teologia da libertação, etc...

Período Regencial (1831-1840)

Ação Direta e Libertária nas ruas da Inglaterra

Primeiro, os fatos: 04 de agosto - policiais londrinos matam um rapaz de 29 anos no bairro de Tottenham, em Londres; 07 de agosto - 30 jovens promovem saques no bairro Walthamstow, também em Londres; 08 de agosto - edifícios, ônibus e carros são incendiados por uma juventude enfurecida nos bairros de Lewisham e Peckham, novamente nas ruas londrinas! Paralelamente outras insurreições ocorrem em outros pontos do país como Leeds e Birmingham (a segunda maior cidade do país). Scotland Yard e governo do Primeiro-Ministro David Cameron em alerta, já preocupados com a imagem negativa sendo vendida internacionalmente a menos de um ano dos Jogos Olímpicos de Londres.

Agora, o obvio: a juventude londrina já não suporta a truculência de sua polícia. Lembremos do brasileiro Jean Charles! Morto por policiais londrinos, dentro do metrô, ao ser confundido como possível terrorista internacional....pelo jeito a realidade, preconceituosa e autoritária, vivente na capital inglesa e que tem na juventude como seu alvo preferencial (até porque ela é sempre a camada mais marginalizada e estigmatizada de todo tecido social) ainda permanece essencialmente injusta-classista.
 
Outra obviedade: o tratamento da imprensa sobre os fatos, alinhado ao poder estabelecido (até porque é mantido por este, e se engana quem acredita que existe hoje alguma espécie de jornalismo independente, pois é mantido com anúncios do poder público/Estado e não por assinaturas ou venda em bancas), e assim os jornais aqui e acolá tratam a massa de jovens rebeldes como "tumultos", "vândalos", marginalizando-os e procurando minorizar a ação direta das ruas inglesas - quem conhece, historicamente, uma ação libertária, sabe bem o que estou dizendo.
Por fim fica, mesmo aqui no distante e também desigual e injusto Brasil, a sensação de que ainda existe esperança, sim, sempre haverá esperança quando jovens se organizam e enfrentam o aparato estatal! E como dizia Bakunin "toda destruição carrega em si algo de criativo"...






terça-feira, 2 de agosto de 2011

"Papai Noel Filho da Puta" - Garotos Podres