terça-feira, 20 de abril de 2010

Movimento "Diga Não a Imprensa que Aliena"

15 de abril de 2010, cerca de 7 mil professores do estado de Minas Gerais se concentram no conhecido "Pirulito da Praça Sete" (coração do centro de Belo Horizonte) exigindo que a lei se cumpra e o estado de Minas Gerais passe e pagar, devidamente, o Piso Salarial Nacional (hoje corrigido em pouco mais de R$ 1300,00).
Eu estive lá! Encontrei camaradas educadores de muitas partes do Estado, recebi elogios pelo meu trabalho como educador virtual e meus vídeos no youtube, estive em contato com universitários, ou seja, naquele momento ocorria um movimento significativo em meio ao dia-dia da cidade, pulsante, e próximo da hora do rush (cerca de 17:30). 
No dia seguinte, compro jornais, acesso internet, ligo a televisão, e nada, simplesmente a manifestação de professores, que movimentara Belo Horizonte no final da tarde do dia anterior, simplesmente parecia "não existir".
Fatos como este me levam a ter a certeza de que nós brasileiros devemos rediscutir o papel da imprensa neste país, e isso não é um grito por censura, pelo contrário, é um grito por uma imprensa que apenas cumpra o seu papel - informar, relatar os eventos, com isenção.
O jornalista pode até opinar, criticar, sugerir, se posicionar, mas estas são atribuições que não podem estar colocadas em detrimento dos eventos, dos fatos, das notícias em si. Primeiro, relata, depois se posicione.
Aqui em Minas Gerais e em muitos estados brasileiros há uma relação de comprometimento, de alinhamento, político e ideológico, entre veículos de imprensa e o Estado, imprensa e partidos políticos, imprensa e grupos econômicos, que sinceramente me produzem um receio quanto ao que vemos por ai travestido de "imprensa nacional".
A lógica atual é divulgar os eventos, os fatos, se estes estão de acordo com a relação prostituída mantida com interesses de terceiros. Por exemplo, se a manifestação de professores não convém aos interesses do estado de Minas Gerais, governado a quase uma década por Aécio Neves e agora assumido pelo demo Anastasia (me recuso chamá-lo de professor Anastasia), o mesmo simplesmente não é divulgado pela imprensa mineira e pronto. Se estabelece a aura de uma "não-existência", logo a imprensa se torna veículo da irrealidade, e assim da alienação.
Faço apelo aos meus alunos(as), leitores(as), de Minas ou fora do estado, e simplesmente não comprem, não leiam, não assistam, não acessem os seguintes veículos da imprensa que aliena e não informa:

- Rede Globo Minas (Programa MGTV e seus apresentadores ventríloquos).
- Rede Band Minas (Jornal Band Minas, comandado pelo reacionário e sórdido Luís Carlos Bernardes).
- Jornal O Estado de Minas.
- Rádio Globo.
- Rádio BandNews.
- Portal Uai (http://www.uai.com.br).

Faça como eu DIGA NÃO A IMPRENSA QUE ALIENA!

Nenhum comentário:

Postar um comentário