quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Inglaterra diz não a Bento XVI

O nefasto papa Ratzinger, vulgo Bento 16, está sofrendo com a resistência de boa parte do povo britânico e do próprio governo daquele país em sua visita que se avizinha.
Historicamente a Inglaterra é um foco de resistência  ao poderio católico, ao imperialismo de Jesus, desde o século 16 quando o rei da dinastia Tudor, Henrique VIII, desligou o Estado absolutista inglês dos desígnios de sua "santidade" (la putana romana) rumo a criação de uma Igreja nacional (Anglicanismo).
Hoje, sob outras circunstância, menos políticas ou mesmo religiosas, um papa enfrenta uma  série de obstáculos para colocar os pés na ilha britânica que nem Júlio César, ditador romano da antiguidade, conseguira submeter a sua vontade.
O governo inglês se recusou a bancar a visita de sua "santidade", afinal de contas o dinheiro do contribuinte não é coisa para se gastar com instituições religiosas, ainda mais quando se trata de figura anacrônica e perversa. Resultado: os poucos britânicos católicos, ovelhas encurvadas de Pedro, terão que gastar cerca de R$ 60,00 pelo ingresso que dará acesso as missas e programas realizados por Bento 16.
Além disso há na Inglaterra, como em boa parte da Europa pensante  (na Suécia o ateísmo chega a 85% da população), um intenso movimento secular, cientificista, que repudia a intolerância religiosa e até mesmo o argumento religioso desvinculado da boa e velha racionalidade/experimentação/lógica: o que chamamos de antiteísmo ou o novo ateísmo, cujo representante maior é o biólogo Richard Dawkins, autor de best-seller "Deus, uma Ilusão" e que já  promovera uma campanha nos ônibus londrinos com faixas e cartazes com dizeres libertários de cunho ateísta.
Assim, a Inglaterra e o povo inglês dá exemplo  ao mundo: quer vir ao país, ok, mas sem o dinheiro de  contribuinte, e outra, prepare-se para dialogar e tolerar movimentos e argumentos contrários ao seu (respeitando a pluralidade do  mundo e da cultura, na qual qualquer religião ou posição religiosa faz parte). Ao contrário dos brasileiros, do Estado brasileiro, ainda laico somente em linhas mortas de lei, que não só recebe um papa como também faz uso do dinheiro do contribuinte para recebê-lo  (e isso inclui o meu dinheiro, eu, um ateu), sem falar na infantilidade do  povo brasileiro no trato com o pontífice (com shows realizados por ovelhas artísticas como Roberto Carlos chegando ao ápice da alienação e do mau gosto cultural com figuras como Marcelo  Rossi - ginástica de Jesus, Fábio de Melo - padre sexsymbol e metrosexual).

 

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