Nas últimas semanas tenho trabalhado com meus alunos do ensino médio a revolução francesa de 1789, conhecida por muitos como a revolução burguesa clássica ou mesmo revolução burguesa por excelência (discutível quando no século 17 a Inglaterra promovia algo muito semelhante, com a diferença da não-participação popular - nas chamadas Revolução Puritana/Revolução Gloriosa, culminando também com a decapitação de um monarca absolutista, no caso inglês Carlos I, e no francês Luis XVI e sua família).
Além disso a Revolução Francesa tem um impacto cultural e psicológico muito forte sobre as massas, sobre as concepções políticas/ideológicas; e isso, dentro de concepções mais a esquerda que entendia ser esta revolução um passo importantíssimo rumo a movimentos revolucionários posteriores e mais profundos, que retirariam o poder da burguesia e eliminariam a propriedade privada e por fim o próprio Estado (Socialismo-Comunismo-Anarquismo/Autogestão).
Por isso todos nos pegamos, emocionados, ao som de "La Marseillaise", música que hoje é hino nacional francês e que fazia tremer homens como Napoleão Bonaparte (que censurara a música durante seu governo despótico e imperialista).
Allons enfants de la Patrie, | Avante, filhos da Pátria, |
Le jour de gloire est arrivé! | O dia da Glória chegou! |
Contre nous de la tyrannie, | Contra nós da tirania, |
L'étendard sanglant est levé, (bis) | O estandarte ensanguentado se ergueu.(bis) |
Entendez-vous dans les campagnes | Ouvis nos campos |
Mugir ces féroces soldats? | Rugirem esses ferozes soldados? |
Ils viennent jusque dans vos bras | Vêm eles até aos vossos braços |
Égorger vos fils, vos compagnes! | Degolar vossos filhos, vossas mulheres! |
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Aux armes, citoyens, | Às armas, cidadãos, |
Formez vos bataillons, | Formai vossos batalhões, |
Marchons, marchons! | Marchemos, marchemos! |
Qu'un sang impur | Que um sangue impuro |
Abreuve nos sillons! | Irrigue os nossos campos arados! |
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