domingo, 26 de setembro de 2010

Vinde a mim os Jovens!

Nestas últimas semanas a chamada grande mídia, ou como o jornalista Paulo Henrique Amorim denomina PIG (Partido da Imprensa Golpista), vem vociferando que o governo Lula tenciona acabar com a liberdade de imprensa e coisas do tipo - que caminhamos a um autoritarismo popularesco, que estaríamos venezuelando o Brasil pouco a pouco.
A crítica feita por Lula, em especial na cidade mineira de Juiz de Fora, é mais do que compreensível: há em nosso país uma mídia controlada por poucos,  por famílias, e que fazem uma oposição clara ao presente governo - em suma, parte da mídia representa um grupo  político bem específico, a saber o demo-tucanato (social-democracia as avessas, como o próprio PT).
A qualidade de nossos meios de comunicação é no mínimo questionável, para não afirmar categoricamente que tudo é uma merda. Como bem escrevera o filósofo francês Guy Debord vivenciamos uma "sociedade do espetáculo", espécie de braço midiático do Capital com o objetivo de infantilizar, dominar e alienar a todos segundo a ideia de que com o Capitalismo e suas maravilhas seremos felizes para sempre (como um conto de fadas mesmo).
Porém não contavam os senhores do Capital com a nova mídia, democrática mesmo: a internet. Será na internet e através dela que as transformações do futuro se darão. Hoje não precisamos  mais da tutela dos grandes jornais, das revistas semanais, do Jornal Nacional global, etc. Temos a internet, veloz, ágil, aglomerando a juventude especialmente, que se educada de maneira crítica, fará uso desta ferramenta moderna transformando-a em arma letal contra o sistema que aliena.
Sem a internet eu seria mais um educador lutando sozinho, dentro de sala de aula, e nada mais. Com esta ferramenta, em minhas mãos, eu tenho o mundo aos meus pés, eu tenho a juventude a minha frente. Me perdoem os que passaram dos 50 anos, mas a chave da transformação está nos jovens, você que me lê e hoje está com seus 15 anos, cursando o ensino médio, perdido em meio a buscas e descobertas; você é o agente de toda transformação que se pretende.
A classe revolucionária não é a burguesia, nem o campesinato (maoísmo), muito menos o proletariado urbano  (marxismo clássico), mas a juventude. A juventude é a chave da revolução, e  não é a toa que no texto bíblico o líder Jesus clama "vinde a mim as crianças", e eu corrijo "vinde a mim os jovens". Não para guiá-los, doutriná-los, mas para ajudá-los na construção de um ideário crítico, e logo um projeto crítico, uma ação crítica, e após gerações e gerações, teremos novos homens e novas mulheres, e são de novos homens e mulheres que poderemos concretizar não  só a destruição da opressão do Capital, mas a destruição de todas as formas de Opressão a partir de um devir de autogestão e liberdade plena.  

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