terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Belo Horizonte clama por motoserra

Estamos em época de chuvas torrenciais, típicas em todo verão. Resultados: fora as tragédias de cada final de ano causada por enchentes, começa a ficar repetitivo os problemas com falta de energia elétrica, devido muitas vezes da ação de árvores próximas a rede elétrica urbana (25% dos casos de queda de energia são relacionadas a proximidade com árvores, que sob intensa chuva, acabam por danificar a rede de energia, destruindo cabos de alta tensão).

Aqui em frente de casa há uma árvore, cujas raízes já destruíram o calçamento "n" vezes, além disso a mesma está alocada próxima a rede de energia, e além, se um dia cair certamente poderá destruir a frente do meu imóvel. O que eu já fiz, refiz, centenas de vezes: reclamei junto a Prefeitura de Belo Horizonte, pedindo a poda da mesma, ou mesmo a sua retirada, com a devida replantação. A mesma, através de seus fiscais, já viera aqui e sempre respondera com a negativa de retirar a árvore ou mesmo de podá-la corretamente, com o argumento de que é uma árvore rara, e bla-bla-bla (papinho, burro, de conservação ambiental).

Conservar Belo Horizonte como uma capital verde, ótimo, corretíssimo. Porém os especialistas no assunto insistem em afirmar que na capital dos mineiros a grande maioria das árvores plantadas são espécimes européias, muitas vezes sem raízes, e que estão alocadas em locais impróprios, e pior, em terreno impróprio. Ou seja, as árvores belo-horizontinas são, ao contrário de arborismo inteligente e ecologicamente viável, meros adornos irresponsáveis, tornando-as verdadeiras armas letais da vida urbana.

Quer exemplos? Semana passada uma mulher, seu filho e o avô foram a um hospital aqui na região do Barreiro, durante a tarde começara uma intensa pancada de chuva, que somada com a ação do vento provocara a queda de uma árvore na frente de um hospital e sobre os três cidadãos que ali procuravam atendimento médico - 3 mortes lamentáveis e estúpidas.


De que adianta manter estas árvores em pé, sob pretexto de conservação, se as mesmas, inadequadas para o solo da cidade, e mal alocadas, acabam por cair nas épocas chuvosas, provocando caos urbano e até mortes absurdas como a relatada acima. Está mais do que na hora de a prefeitura de Belo Horizonte, hoje administrada por Márcio Lacerda (PSB-MG) e suas secretarias competentes, a CEMIG (Centrais Energéticas de Minas Gerais) tomarem posição de enfrentamento ao problema, que começa a ficar insustentável. E assim, Belo Horizonte, a população de Belo Horizonte, clama, com razão ao que chamo de "Operação Motoserra".










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