quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ARGENTINA: EXEMPLO DE LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS


A Presidente(a) da Argentina Cristina Kirchner aprofunda ainda mais as diferenças entre nós e “los hermanos” quando a questão em pauta são os direitos humanos, com decisão de liberar, definitivamente, todos os arquivos até então sigilosos da Ditadura Militar argentina.

A partir de hoje a justiça argentina não terá mais nenhum empecilho documental para processar, investigar e julgar os militares argentinos que no período praticaram atos de pura desumanidade e selvageria, atentando contra os princípios básicos da pessoa humana (somando cerca de 30 mil desaparecidos políticos ou mesmo cerca de 500 crianças recém-nascidas tiradas dos pais nos porões da humilhação e da tortura).

Para quem se interessar em aprofundar análise sobre a Ditadura Militar Argentina ficam duas dicas: em vídeo o filme “A História Oficial”, e o grupo/movimento social das Mães da Praça de Maio; sobre este movimento em especial eu tive o prazer de conhecer, conversar, com a então liderança do movimento sra. Hebe de Bonafini[1] nos idos de 2004 durante o Fórum Social Mineiro, do qual ela e eu fomos palestrantes - tratando ela do contexto repressor argentino, e eu do contexto repressor nacional a partir dos exemplos trazidos por obras cine-documentais como “Sonia Morta-Viva” e “15 Filhos”[2].


[1] Conferir o site oficial do movimento em http://www.madresfundadoras.org.ar

[2] O vídeo relembra os horrores cometidos durante a ditadura militar, quando milhares de pessoas, contrárias ao regime, morreram ou desapareceram sem deixar pistas. A narrativa cabe aos filhos dos presos políticos, que contam traumas nunca superados. Entre os relatos, alguns fatos são comuns: a incerteza quanto ao nome verdadeiro dos pais; o mundo dividido entre o bem e o mal; o período em que passaram presos; e a impossibilidade de compartilhar os acontecimentos com os demais membros da família. Entre os depoimentos, gravados em preto e branco, imagens coloridas da queda do presidente Salvador Allende, no Chile; e das dependências da delegacia de polícia, no bairro paulistano do Tatuapé, onde ficavam presas as famílias dos torturados políticos. Direção: Maria Oliveira, Marta Nehring. Ano Produção: 1996. Origem: Brasil (SP). Cor / PB: cor/pb. Duração: 20 min.

Um comentário:

  1. Professor,

    Estou grato por ter add meu blog, já aceitei inclusive no twitter.

    Li alguns de seus escritos e de antemão percebo que irei aprender muito, pois enxergo na história a chave para algumas questões que nos afligem no presente, e se atentarmos para tal verdade, talvez esteja no passado, a ponte evolutiva (positiva), para o futuro. Quanto a filosofia, enquanto seres que respiram, enquanto a vida estiver em nós, estaremos a filosofar, pois nada mais é do que a vida transcrita em palavras, simples, mas assim vejo a filosofia.

    Linkarei seu blog aos meus. Parabéns pelo excelente trabalho!

    Jah Bless.

    As Cartas do Velho Marujo
    http://velhomarujo.wordpress.com/

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