quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Papa Bento XVI e a Camisinha (em imagens)






quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"EU AMO A SUA MÃE" LINDOMAR CASTILHO

John Lennon e o Anarquismo

Poucos conseguem perceber, mas nem sempre uma música o canção de caráter anarquista precisa ser "nervosa", e eis aqui um dos grandes exemplos, em minha opinião de uma das canções  mais belas e puramente anarquistas que conheço "Imagine" do ex-besouro John Lennon.

Na letra da canção, que nos  convida a um exercício de reflexão e de imaginação, de um amanhã, utópico mas não menos valoroso, onde não há Estados, nações, religiões, céus e infernos, nem propriedade; dai convido a todos a imaginar, como John, Yoko, eu e por que não você ai também, caro leitor...

domingo, 21 de novembro de 2010

Jesus e a Ética do Conformismo

É do senso comum, especialmente entre os não-crentes (porque para os crentes e religiosos, ditos cristãos, ele é a encarnação de uma divindade criadora do Universo), de que Jesus de Nazaré seria uma espécie de líder revolucionário do mundo antigo. Permita-me discordar.

Jesus liderou milhares de pessoas, aglomerou centenas ao seu redor, claro que sim. Como era típico do messianismo oriental, dentro de uma ordem repressora como era a Jerusalém dominada pelos romanos, ali uma província romana. Era natural que muitos "messias", muitos salvadores, se apresentassem, especialmente entre o povo judeu (que por convicção religiosa e por historicidade sempre estiveram a espreita pela chegada do salvador que lhes cortariam os grilhões de séculos de escravidão - mesopotâmicos, egípcios, romanos/ todos um dia foram seus senhorios e dominadores).

Apesar disso, de reunir centenas ao seu redor, Jesus estabeleceu uma ética contra-revolucionária e não uma ética revolucionária: ele dá a face ao inimigo, ele aceita o domínio do outro, porque crê na realização verdadeira num pós vida junto ao pai e criador; e assim ele dizia para dar a César o que seria, de fato, de César. Oras, isso é argumento conformista, que aceita o outro como um senhorio menor, mas ainda assim aceita a existência de um senhorio, de alguém que legitimamente lhe impõe domínio e destino.

Jesus não sublevou o povo hebreu contra o domínio romano, não reuniu as massas para a luta por uma vida melhor aqui e agora. Jesus não lutou contra a desigualdade social, mas aceitava-a, pois para este a igualdade real e objetiva estaria no além-vida.

Como pensar em  um Jesus revolucionário quando a sua revolução se baseia num porvir desprovido de objetivo claro e palpável? O fato da vida eterna, fora do mundo terrenal, como valor e crença não poderia, jamais, ser usado como mecanismo de aceitação de um mundo mundano marcado pelo domínio de poucos sobre muitos, de um mundo desigual.

Não quero aqui retirar o valor do homem que transformou-se numa das maiores religiões monoteístas do  planeta Terra, longe disso. Mas é preciso discutir a ideia de Jesus "revolucionário", que em minha opinião, como estudioso das ciências humanas, mostra que isto ele não o foi, nem tencionara ser.

Rousseau, Marx, Lenin, Espartaco, Che Guevara, Bakunin, estes sim demonstram uma ética verdadeiramente revolucionária, de luta e de transformação do mundo real, físico, do aqui e agora  (o resto é abstração, crença e utopia sem episteme alguma); Jesus foi um homem que tivera poder de persuasão entre os seus, que estabelecera uma ética do amor/da conformação-aceitação, e com isso, de maneira resignada, morto na cruz como qualquer ladrão pé de chinelo do mundo antigo e romano, sua história teria se encerrado ali - o que  não ocorreu devido ao trabalho de seus seguidores mundo antigo afora e em especial ao próprio Império Romano, que institucionalizou e instrumentalizou a sua ideologia sob a forma do Catolicismo e do papismo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Deixe o Sol entrar em você!

Deixar o sol entrar, "deixar o sol entrar", frase/pedido de tamanho sentido dentro de um Universo humano marcado pelo mais absoluto obscurantismo, autoritarismo e intolerância.

Nós temos, a muito tempo, que começar a aprender a deixar o sol entrar, fazer a luz penetrar em nossas mentes opacas, recheadas de escuridão.

Até quando aceitar como normal a luta do homem contra o próprio homem, até quando aceitar a destruição do planeta pelo homem, até quando aceitar que o diferente seja tratado como ética e existencialmente inferior, portanto passível de dominação e até destruição? Até quando homo sapiens sapiens?

Por que não podemos, dentro de nossas individualidades, de nossas diferenças, dar-nos as mãos e construir um amanhã mais igual e digno para nossos filhos, netos e gerações a posteriori? Sem discutir sexo dos anjos, sem reformismos, sem naturalizar a brutalidade do mundo desigual e injusto, sem fugir da necessidade imanente de revolucionar - revolucionar a si mesmo, antes de tudo, rumo a um novo eu, uma nova associação e entendimento entre as pessoas na coletividade latente dentro de cada um de nós.

Coletivizar, igualitar, numa unidade indissociável - a humanidade, compreendendo as diferenças como mecanismos de aperfeiçoamento do todo e não como ameaça ao status quo que insiste em querer ficar  onde está, mesmo que para isso derrame o meu ou o seu sangue.

Conclamo os idealistas que me leem, que me tem como alguém a ser ouvido, jamais seguido (a roupagem sacerdotal não me cai bem, e ainda me provoca coceiras por tamanha sujeira) a deixar, como eu, o Sol entrar dentro de você! Que reconstruamos um novo Iluminismo, já, agora mesmo, basta fazer como eu e deixar o Sol entrar - let the sunshine in...

 





quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Em 2011: "Lanterna Verde" - imperdível!

Duelo de Hotéis: Diadema vs Califórnia



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Independência do Brasil - 1822

domingo, 14 de novembro de 2010

Texto sobre Aborto do MFP (Movimento Feminino Popular)

Maternidade forçada é escravidão
De acordo com os defensores da criminalização do aborto, o corpo e a vida da mulher devem ser controlados por forças alheias a ela. Alheias, não porque não haja ligação entre a mulher e o feto, mas porque não é a vontade da mulher que determina se ela levará ou não a gravidez adiante.
Já há estudos aprofundados a respeito do desenvolvimento do feto que comprovam que até as 12 semanas de gestação ele não desenvolveu córtex cerebral (camada de cor cinzenta e espessura irregular que envolve o cérebro humano e de grande atividade neural) e que, portanto, não pode sentir nada e muito menos pensar, recordar ou ter sentimentos. (...)
Aqueles que apregoam hoje "defesa da vida" para atacar as mulheres são de fato pró-morte, pois eles se opõem até mesmo ao uso da camisinha como medida de proteção contra o vírus HIV e como método contraceptivo. Baseando-se em uma infundada "ética" e em uma "moral" patriarcal, os reacionários criminalizam a mulher e impõem a maternidade, combatem os métodos contraceptivos, o direito a uma sexualidade independente da procriação e até mesmo à educação sexual. E mais, como no período medieval, atacam as mulheres não submissas ao homem, à Igreja e às "autoridades".
(...)

Pelo direito ao aborto legal, seguro e gratuito
O direito ao aborto legal, seguro e gratuito é um direito fundamental para a vida da mulher. Se a mulher conquistar esse direito, esse poder de decisão sobre seu próprio corpo, e romper esse elo de opressão, as mortes por abortos clandestinos e inseguros poderão ser eliminadas, a maternidade será voluntária e não forçada e se abrirão novas possibilidades para a participação da mulher na vida social.
(...)
A família trabalhadora tem o direito de decidir quantos filhos quer ter, mas cabe à mulher decidir se quer ou não ser mãe, quando pretende ser e quantos filhos pretende ter. A luta contra a criminalização do aborto passa por importantes debates sobre verdade científica e a quebra de velhos mitos que só servem a escravizar a mulher e impedir sua participação plena na vida social.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O sexo no Brasil Colonial

Brasil colonial, ciclo econômico do açúcar, nordeste brasileiro. Este é o contexto de uma típica casa-grande colonial, comandada a mãos de ferro pelo colono português a quem chamamos de senhor de engenho, acompanhado de seu núcleo familiar (a sinhá/esposa, a sinhazinha e o sinhozinho que acabava indo estudar nas universidades européias).

Junto aos membros reinantes e dominantes da casa-grande há um verdadeiro "mar negro" ao redor, seja nos trabalhos forçados em meio ao cultivo da cana ou mesmo dentro da casa como domésticos.

E é nesta dinâmica econômico-social bem delineada, marcada pela dominação racial e classista, que encontramos uma comunidade entregue aos prazeres do corpo, transbordando sexualidade (como preconizava o sociólogo Gilberto Freyre).

O senhor encontrava um "problema" na vida colonial: pequena disponibilidade de mulheres brancas na colônia brasileira, dominada pela negritude africana, com seus contornos, quadris arredondados, seios fartos, bocas enormes. Aqui vivia-se um espécie de utopia "sargentélica".

Sua sinhá, na qual se casou ainda jovem, é uma mulher de função delimitada, reforçada ideologicamente pela mentalidade cristã: produzir, rapidamente, uma série de crianças. E ao passar dos anos, ainda jovem, a sinhá se via como uma matrona (mulher flácida, gorda, geratriz de crianças, presa a casa e aos filhos).

Vendo a radical transformação de sua jovem sinhá em matrona, não encontrando brancas ao seu redor, e fazendo-se impor o seu direito de proprietário de seres humanos, o senhor logo se entregará, de maneira luxuriosa a toda espécie de atos sexuais com suas escravas (algumas vendo nisso uma espécie de benefício, já que acabariam por gerar filhos mestiços ou mesmo favores de seus senhorios-amantes/abrandamento da condição de escrava).

A sinhá, matrona, cercada de criadas negras, mucamas, sem nada a fazer em casa, sem nada a produzir senão filhos periodicamente e mecanicamente, acabara por tornar-se elemento esquecido por seu senhorio - perdido em meio a suas loucuras sexuais. Contudo, a sinhá ainda mantinha, até pela condição de jovialidade biológica, todo um desejo sexual pulsante, ardoroso e guardado dentro de si. E ela, assim como o marido, irá procurar suas escravas como mecanismo de prazer, fazendo florescer no ambiente colonial e açucareiro imagens do mais puro ardor lésbico.

Eventos estes, lascivos, dentro de uma sociedade dita conservadora, cristã e católica fervorosa, para horror dos homens da igreja que sempre tiveram repulsa ao sexo, tentando sempre, ao longo dos tempos, encarcerá-lo numa ética antinatural e fadada ao insucesso.

Isto é o Brasil colonial, marcado pelo sangue negro escorrendo no pelouro e seus açoites, mas também marcado pelo sangue negro imiscuído de sexualidade, na forma de líquidos vaginais e sêmen.

Capa "histórica" de Veja em 1888

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Capital Brasileiro e seus Recordes Infames

O Estado "laico" nacional

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fernanda e seus "conselhos" amorosos - hilário

Marcelo Adnet e o real boleiro nacional