domingo, 22 de dezembro de 2013

"Temos muitos Salman Khans, também" por prof. Rosângela Trajano

Segue abaixo o texto da filosofa e educadora Rosângela Trajano, que cita o meu trabalho na internet (vídeos do youtube) e faz um paralelo entre a realidade que enfrentamos no Brasil como educadores e as condições que o prof. Salman Khans desfruta na sua distanciada realidade.
Desde já agradeço a colega por acompanhar o meu trabalho.
Tiago de Castro Menta.

Temos muitos Salman Khans, também
Rosângela Trajano


Se a imprensa escrita publica é porque é bom, e se é bom por que não usar? A capa da revista Veja de número 2254, 1º de fevereiro, traz a foto de um jovem com o título “O melhor professor do mundo”. E dentro a matéria do melhor professor do mundo Salman Khan. Por sinal,bela matéria. Mas o que me intriga e me faz redigir esse pequeno artigo é o destaque dado a Khan como se no Brasil não tivéssemos tantos Khans, o que não temos é o que Salman Khan tem: boa formação, tempo disponível para estudar e dinheiro para comprar livros, muitos livros, diversos livros.

Pelas minhas andanças em várias escolas do Brasil já conheci muitos Khans brasileiros chamados simplesmente por Maria ou João, Silva ou Ferreira. Esses Khans brasileiros fazem de tudo para levar ensino de qualidade aos seus alunos. Muitos deles são professores polivalentes e ensinam mais de uma disciplina com uma qualidade excelente. Não estou questionando o método Khan, afirmo que ele é muito bom, mas temos professores brasileiros espetaculares que postam vídeos na internet ensinando com a maior dificuldade do mundo, sem nenhuma infraestrutura, mas com muito carinho e dedicação.

Outro dia precisei estudar um pouco mais sobre história geral e procurei por vídeos na internet. Encontrei os vídeos do professor Tiago Menta, vídeos caseiros, mas que me ensinaram muitas coisas de história geral. O Tiago Menta explica tão minuciosamente que a sua aula chega a cansar muitas vezes, embora ele consiga transmitir o conhecimento para o aluno logo nos primeiros minutos das suas aulas. Acredito que se tivesse um preparo melhor  esse professor seria um futuro Khan.

A verdade é que nossos professores não tiveram a formação de Salman Khan, aliás os nossos professores não têm dinheiro nem para pagar as passagens do transporte coletivo, imagine comprar livros e mais livros. Os cursos de licenciatura oferecidos pelas universidades em geral, tanto públicas quanto privadas, muitas das vezes não preparam bem o profissional nem para a sua licenciatura quanto mais para o conhecimento das demais áreas. É muito difícil lidar com a educação no nosso país, mas que temos muitos Khans isso afirmo que sim.

Não valorizamos o que temos, essa é a verdade. Querem um exemplo? Cito-me como um. Há dez anos criei um método de ensino de filosofia para crianças chamado por mim de LINO. Disponibilizei gratuitamente alguns cadernos para auxiliar os professores em meu site oficial. Durante todo esse tempo recebi mensagens do Brasil inteiro e nunca, nunca mesmo recebi uma mensagem sequer de algum professor da minha cidade. Quem trabalha na educação no nosso país tem no coração um amor ímpar. Faz-se necessário amar ensinar, ter prazer pelo que se faz, porque incentivos nos faltam muitos. Só para vocês terem uma ideia solicitei que uma professora escrevesse um pequeno texto para mim contando sua experiência em leitura com as crianças da sua escola, ela levou dias para escrever o tal texto e quando recebi, para meu espanto, havia várias ideias repetidas num texto tão curto, ou seja, ela não sabe escrever.

O método Khan já está nas escolas brasileiras. Vamos esquecer do método dos nossos professores? Vamos esquecer que muitos passam o fim de semana  inteiro elaborando aulas, esforçam-se para comprar livros bons para aperfeiçoas suas aulas? Vamos esquecer dos nossos professores que muitas vezes são formados em matemática e precisam, para completar a carga horária, darem aulas de inglês ou história e mesmo sem ter formação em outras áreas conseguem se destacar tão bem quanto na sua própria formação? Vamos esquecer que nos faltam apoio e incentivo? Creio que não. Acredito que o Brasil faria um bem enorme para os pequeninos e jovens buscando Khans de norte a sul do país que ensinam tanto quanto ou melhor do que Salman Khan.

Sim, nós temos bons professores. Temos métodos sem nomes criados para incentivar os nossos alunos aos estudos. E eles nem conhecem Bill Gates e não andam com nenhum executivo famoso pelas ruas das nossas cidades. Quando muito, andam com um amigo professor do lado procurando, ambos, uma solução para tornarem suas aulas melhores.

Eu nem vou falar dos milhões de brasileiros que andam quilômetros todos os dias para chegarem até as escolas onde dão suas aulas, quanta diferença andar a pé debaixo do sol quente, enquanto Salman Khan tem na garagem dois Hondas... quanta diferença, querido professor!



* Rosângela Trajano, é escritora, poetisa infantil além de professora de filosofia.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Para Documentário ex-Presidente Jango morreu assassinado

Esta semana pude assistir no Canal Brasil (canal 55 da Sky) o documentário "Dossiê Jango", marcado por imagens, áudios, depoimentos/entrevistas, cujo enfoque seria o assassinato do ex-presidente brasileiro pela "Operação Condor" (organização paramilitar formada, em 1975, pelas ditaduras de Bolívia, Chile, Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil, com o objetivo de exterminar grupos e pessoas ligadas à resistência de esquerda).

Na oficialidade Jango morrera vitimado por um fulminante infarto, até porque sofria verdadeiramente de cardiopatias, em meio a seu exílio político em território argentino (também passou largos períodos no Uruguai). Já "Dossiê Jango" ilustra uma história diferente: o ex-Presidente teria sido vítima de uma suposta troca de medicamentos, sendo então assassinado por uma espécie de "envenenamento" provocado por um agente do Condor. 

Segundo o documentário, produzido por Paulo Henrique Fontenelle, Jango teria sido morto dentro da ótica condoriana de que, além deste ser uma liderança popular e de parte da história democrática do Brasil, o ex-presidente mantinha conexões políticas com lideranças latino-americanas que faziam oposição aos regimes instaurados no continente (todos com as bençãos do Império estadunidense). Vale acrescentar que o filme também aponta para o Condor as responsabilidades pelas mortes do também ex-presidente Juscelino Kubitschek (na oficialidade morto num acidente automobilístico em 22/08/1976 na rodovia Presidente Dutra) e do ex-governador da Guanabara e histórico líder udenista Carlos Lacerda (na oficialidade vítima de um infarto dentro da Clínica São Vicente, quando buscava tratar-se de uma gripe em maio de 1977).

Minha opinião profissional é de que são, no mínimo, suspeitas as mortes de Jango, JK e Lacerda, num curto intervalo de tempo. Para ampliar o debate, e as próprias sombras que recobrem a morte de Jango, o documentário ilustra que muitas pessoas ligadas direta ou indiretamente a morte de Jango (cujo corpo não foi sequer realizado laudo, perícia após a sua morte, sendo um verdadeiro transtorno o seu traslado para São Borja-RS, onde fora sepultado) acabaram morrendo de causas estranhas, muitas delas também por infarte! Vale ressaltar que a Operação Condor é uma realidade histórica e ela foi muito ativa, vitimando, entre outros o general chileno Carlos Prats (set.1974) e o ex-ministro chileno Orlando Letelier (set. 1976).







segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Meu Testemunho de Conversão

Testemunho de Tiago de Castro Menta
Aos irmãos da Igreja Adventista do Sétimo Dia – Central de BH
Belo Horizonte – Minas Gerais (setembro de 2013)

Deus não desiste do homem. Como um predador no meio de uma savana, Ele nos espreita, procura[1]. Podemos até relutar, tentar fugir e escapar de sua presença poderosa, imponente. Contudo, não deu pra resistir. Ao menor espaço deixado no coração, por mínimo que for, lá o Senhor buscará morada. E como uma pequena célula, multiplica-se.

Toda conversão, aconteça no tempo que for, é um milagre. Em meio ao presente tempo do fim, em que a humanidade se consome no individualismo e na indiferença, converter-se é uma decisão ainda mais revolucionária. Renunciar o profano, o mundo, e deter-se no caráter de Cristo, na Lei de Deus, é um milagre. E quando vislumbramos os enganos do adversário dentro de igrejas, aí sim, quão revolucionário é aceitar inteiramente Jesus e ser, também, inteiramente obediente ao Senhor.

Como o apóstolo Paulo, um dia chamado como Saulo, eu de certa maneira perseguia os cristãos. Não com a violência física, aos desmandos e incompreensões do romanismo, mas com a violência de ideias e palavras. Ideias motivadas por doutrinas e filosofias do homem[2], “loucuras” aos olhos de Deus. Mesmo assim, em meio a tantos erros, Deus escolhera Saulo, convertido a Paulo, como àquele que evangelizaria aos gentios, a homens e mulheres que como ele eram ignorantes na fé.

Por muitos anos pensava-defendia o ateísmo como a atitude correta de compreensão do mundo e da vida. Minha formação marxista[3] como historiador (e o marxismo é um bom instrumento metodológico-político, não filosófico) reforçava esta atitude. Contudo permanecia uma série de questões mal-resolvidas psicológica-existencialmente. Em certos momentos era solitário, e triste, ser ateu.

A origem da vida, do mal, o destino dos homens, sentidos para o viver, o incômodo ao lidar com a morte (uma recusa interna em simplesmente morrer, numa vida proposta pelo caos e o vazio do Universo – frio, muito frio) eram inquietações alocadas nos limites da minha (in)consciência.

Em paralelo, muitas foram as oportunidades de um contato religioso e através de alguns antigos relacionamentos conheci variadas manifestações cristãs: Torre da Vigília (instituição dos Testemunhas de Jeová, ou Watch Tower), Movimento Carismático Católico, e sempre reagia mantendo o coração fechado (escondia-me na crítica). “Sorte” ou não, hoje dou graças pois o Santo Espírito é insistente[4]!

Tudo começa a mudar com alguns eventos em minha vida pessoal: a perda de meu amado tio Mário[5] (maio de 2011), e principalmente o casamento com Adriana (janeiro de 2012), professora de História como eu e adventista desde tenra idade (creio que ela se batizou com 9 anos de idade).

De maneira sutil minha esposa me incentivava a estudar a Palavra de Deus, e eu, de certo modo levado por curiosidade e desejo de aprender iniciei, em casa, a leitura da Bíblia. Em seguida, começamos a acompanhar, atentos, vídeos de pregações (via youtube), a maioria de caráter escatológico, do pastor Samuel Ramos (IASD de Boston – Massachusetts/EUA). A análise historicista sobre a Palavra de Deus, a compreensão de profecias contidas nos livros de Daniel/Apocalipse, foram elementos que chamaram, e muito, a minha atenção. Devagar ia aparecendo a vontade de ir ao templo, assistir um culto[6].

Em meados de fevereiro do presente ano vivia eu algumas decepções no trabalho, repleto de incertezas e dúvidas (ser professor, educador, no Brasil traz, infelizmente, muitos momentos de grande dificuldade e provações). Ao mesmo tempo, e para nossa alegria Adriana descobriu-se grávida, se avizinhando a paternidade (nossa pequena Catarina deve nascer agora próximo ao dia 14 de outubro). Foi o momento em que o Espírito Santo age e diz: “Vá”. E lá fui com minha esposa ao templo da Igreja Adventista do Sétimo Dia na região central de Belo Horizonte, onde “coincidência” ou não o amigo Pastor Paulo Nogueira iniciava os seus trabalhos naquela comunidade na mesma manhã de sábado.

A comunidade adventista da igreja central de Belo Horizonte nos recebeu com os braços abertos, e rapidamente frequentamos a escola sabatina (na classe do irmão Mário Valério). Quão dialético e democrático os cultos da igreja do Senhor, agregando a comunidade a partir dos dons que cada membro recebera do Alto. À pedido de minha esposa o Pastor Paulo Nogueira (que curiosamente atendeu ao apelo dela no meio de uma estrada, durante viagem) passou a ter comigo momentos semanais para estudos bíblicos, que aliado aos estudos da lição da escola sabatina, a leitura curiosa do Espírito de Profecia (manifestado em uma diversidade de textos e obras da estadunidense Ellen G. White, como ‘O Grande Conflito’ apresentando os destinos do mundo e momentos cruciais da guerra cósmica entre Deus-Jesus e Satanás, ‘O Desejado de todas as nações’ como uma rica e detalhista biografia de Jesus, etc) acabaram por enraizar em meu ser não somente as verdades que eu sempre busquei, mas também a alegria de integrar-me numa família imensa de homens e mulheres de Deus.

Muitos aqui podem ler e achar que foi e está sendo fácil tamanha transformação pessoal, não, não é assim que as mudanças ocorrem. Como o vaso nas mãos do oleiro[7], Deus primeiro quebranta o nosso antigo ser, e esta quebra, dói. Muitos pecados, muitos, tem sido enfrentados desde então. Reconstruir-se não é simples, e Deus, somente Nele podemos reunir forças e coragem para este processo intenso de destruição do ego e entrega total aos caminhos do Senhor. Deixar de ingerir álcool, frequentar ambientes e diversões noturnas, encarar o porco como animal de imundícia e impróprio para consumo nestas Minas Gerais onde historicamente a sua culinária é quase derivada de suínos (torresmo, bacon, gordura), separar tempo para dedicar-se a Deus e as coisas de Deus (como o preparo semanal e culto familiar), dizer não ao trabalho nos Sábados (como professor desde então tenho me ausentado de todas as reuniões pedagógicas, festejos, comumente realizados aos sábados em todas as nossas escolas) são atitudes que exigem fé, comunhão com Deus. Pois sabemos, o caminho é estreito. Vale lembrar, todo este “sofrimento” é muito, muito pequeno, quando comparado ao sacrificar-se de Cristo na cruz. E nossa vida, neste mundo decaído e que retém a atenção de todo o Cosmos sobre ele, é uma luta, diária, entre forças do mal e forças do Senhor. Vivemos, em alusão ao que profetizou a sra. White, um “grande conflito”, muitas vezes dentro de nós mesmos. Lembremos Paulo, que diz:

“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo (...) Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.” Epístola de Paulo aos Romanos; Romanos 7: 14-25.

Costumo lembrar esta passagem e comentar se até o santo pregador Paulo demonstra, neste e em outros textos, a sua luta diária consigo mesmo, que dirá eu, cristão jovem e saído das águas a tão tenro tempo. Isso, irmãos, não é para assustar ou desanimar ninguém, pelo contrário, pois esta luta, parte de nossas vidas, tem na promessa do Senhor, na esperança que Ele nos deixa, de sua volta definitiva e justiça, que seremos recompensados com o maior de todos os prêmios: a salvação, e por consequência, a vida eterna próximo ao trono e presença de Deus[8]!

Se serei salvo, somente o Senhor Jesus poderá julgar-me e ao mesmo tempo, dar-me forças para conseguir o meu intento. As lutas são diárias, mas este é o “bom combate”, procurando manter-se firme, fiel, em comunhão com Deus e seus princípios. Deus foi misericordioso, comigo e minha família, tirando-me das amarras das loucuras humanas e transformando uma união de jugo desigual em uma família adventista que luta contra o pecado e busca alcançar a salvação eternal.

Gostaria que este meu testemunho chegasse a você, homem e mulher, jovem ou adulto, que como eu um dia pensava ser a religião uma espécie de conto de fadas para uma massa ignorante, e eu bem sei até onde este tipo de pensamento pode nos levar[9]. Achar que damos conta da vida sozinhos, que bastamos a nós mesmos, é esquecer que o peso que carregamos é pesado, muito pesado (hoje sei que o peso é herança do pecado do mundo), e que vai chegar a hora de estender a mão e gritar por socorro. De certa maneira eu gritei por socorro, e ainda grito. Mas o peso em minhas costas diminuiu, pois há quem possa me amparar, consolar e guiar os meus caminhos: Deus.

Desejo aos que agora me leem que possamos todos nos encontrar, junto ao Pai, na Terra renovada que virá, juntamente com Cristo e sua justiça. E ai, não mais prantos, dores e sofrimentos. Breve será...



[1] “Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto (...) Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão (...) Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? (...) Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos.” (Salmo de Davi; Salmos 139: 1-23)

[2] “Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus, porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos. Portanto, ninguém se glorie nos homens.” (I Coríntios 3:18-21)

[3] Para os irmãos que não estão familiarizados com o termo, marxismo é um conjunto de ideias, pensamentos, visão de mundo, construídos a partir das obras do filósofo alemão Karl Marx (1818-1883), que ao lado do seu companheiro, o também alemão Friedrich Engels (1820-1895), elaboraram as bases do dito Socialismo Científico.

[4] Hoje eu pressinto que Deus me direcionou para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, de maneira especial. Eu poderia ter abraçado o catolicismo (religião predominante em minha família), o espiritismo kardecista (tenho uma tia que inclusive fez uma dita cirurgia espiritual), e até mesmo as doutrinas das Testemunhas de Jeová, mas não. A igreja remanescente, que guarda devidamente a Lei de Deus, que foi preparada nestes tempos do Fim, esta, pelo amor de Deus e misericórdia, foi a que o Senhor apontou em minha vida, de modo que eu o Conhecesse inteiramente, em verdade.

[5] Meu tio morreu, inesperadamente, aos 57 anos de idade. Vivia em Alfenas-MG, não deixando filhos. Sofreu um derrame fulminante, abalando muito a minha família. Eu mesmo, sentindo-me fraco e incapaz diante da perda, me recusei em ir ao funeral. Ser ateu diante de uma perda familiar deste tamanho era uma situação que me causava ainda maior tristeza, pois eu não sabia nem o que dizer a alguns familiares.

[6] Eu cheguei a deixar minha esposa uma vez na porta da igreja e voltei pra casa. Ela acabou, desanimada, não mais retornando ao templo. É difícil quando dentro de uma família não há acordo religioso, a fé fica um pouco “manca”, menos fortalecida.

[7] “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? – diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” Jeremias 18:6.

[8] “...ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” Apocalipse 21: 3-4.

[9] Este é o grande mal da humanidade, provocado pelo pecado: o egoísmo. Vivemos em mundo marcado por desigualdades gritantes, injustiças, numa sensação vendida aos quatro cantos que somos e estamos “cada um por si”. É a selvageria de uma ordem capitalista, que aliena o ser humano de tal modo que o ser curva-se diante do ter, da materialidade e das coisas como senhoras dos destinos de muitos. Não é difícil entender, pelo estudo da Palavra de Deus, porque as riquezas e mesmo os homens ricos desviaram-se dos caminhos do Senhor. Este mundo, do tempo do Fim, é onde a humanidade mais demonstra este amor ao “deus-dinheiro”, que possui uma natureza demoníaca. Daí é comum querermos encontrar soluções para o mundo a partir do próprio mundo, achando que do meio de tamanha podridão possa surgir a transformação, ou melhor a revolução. Eu mesmo pensei mudar o mundo, compreendê-lo segundo o uso de minha razão e buscar em teorias, filosofias, na mente humana proposições para a construção de um amanhã melhor, de um paraíso entre nós, produzido por homens! Que engano. A solução para este mundo não está dentro dele mesmo, pois este mundo é marcado pelo pecado, e Deus já anunciou que este mesmo mundo passará. Temos que nos santificar, dar as costas para o mundo e suas armadilhas de pecados, e esperar que no momento da grande justiça, estaremos ao lado do Senhor num outro lugar, numa nova Terra, a nova Jerusalém estabelecida a partir do histórico monte das Oliveiras.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Conjuração Baiana (1798-1799) ou Revolta dos "Alfaiates" - material de apoio

Segue abaixo dois vídeos sobre a Conjuração Baiana (1798-1799), dedicado aos meus alunos do 8º ano do ensino fundamental na Escola Estadual Paschoal Comanducci. Bons estudos!




Ghiraldelli e Fran debatem "A Nova Filosofia da Educação", ou a Real Educação Brasileira

No vídeo abaixo Paulo Ghiraldelli Jr. e sua esposa nos colocam diante do mundo real, da realidade da educação nacional. Esqueçam as propagandas mentirosas e milionárias dos governos (especialmente estados e municípios), e comecem a perceber os porquês da crise, e gargalos, educacional do Brasil.
Como educador a pouco mais de seis anos assino em baixo tudo o que foi dito:

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Medicinismo à Brasileira

Tentam politizar a urgência, dramática, de quem hoje está, seja na periferia de grandes centros urbanos ou nos confins deste país abandonado, e doente, à própria sorte.
Eu, que já passei noite em corredor de hospital com esposa passando mal com hipertensão, conheço o sentimento de quem precisa, pra ontem, de atendimento médico. Não importa se brasileiro, português, cubano, marciano, ou se é comunista, isso ou aquilo outro.
Claro, o governo reconhece o fracasso do SUS, mas também devemos reconhecer a má vontade, o cinismo, da classe médica brasileira - muitas vezes formada por médioclassistas e elites que historicamente nutrem desprezo pelo povo, e jogam na lixeira o juramento de Hipócrates.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Hiroshima 60 anos

Traduzindo: na tv "sexagésimo aniversário da explosão atômica de Hiroshima/Japão", em que o menino, no colo de seu pai, indaga: "Que grupo terrorista fez aquilo?".

Resposta histórica ao garoto: o maior grupo terrorista do século XX, do alto de sua arrogância imperial. Ou mesmo respondendo escatologicamente (tendo como base o livro joanino do Apocalipse) - o braço político-militar, "laico", da besta.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Visita do Papa - Hora da Coruja - JustTV - 30/07/13

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Bebê (ir)Real Britânico

Sinceramente é difícil aceitar (claro, como brasileiro habituado a viver numa República, mesmo que de bananas) o fetiche britânico sobre a família real, sua monarquia. Politicamente pouco ou nada representam ao país, sendo este uma Monarquia Constitucional (Parlamentarista) - cabendo a rainha Elizabeth II o papel de "chefe de Estado" que lhe dá direitos como o comando das tropas ou mesmo representatividade no estrangeiro. A economia, suas decisões e planificação, está nas mãos dos políticos de carreira, assim como projetos de desenvolvimento para o país. Então, de onde sobrevive o fetiche pela monarquia? Por que ela se sustenta, e dos impostos britânicos, até os dias de hoje?

A cultura. Sim, a monarquia britânica é hoje um fenômeno das mentalidades e não um fenômeno político. Alguns especialistas, quando querem explicar o fetiche presente na sociedade estadunidense sobre esta mesma família real, indicam até a maciça produção dos estúdios da Disney ao longo de décadas com suas rainhas, princesas, príncipes, etc. Ou seja, ainda persiste, nas mentalidades, um fetiche ligado a toda uma estética e conduta dos "contos de fadas". 

O nascimento do bebê "real" é um evento. Qual será o nome do pequenino príncipe, filho dos aristocráticos William e Kate (há disputas ocorrendo nas famosas bolsas de apostas londrinas)? Vive, britânicos e até não-britânicos, a fantasia "real" de presenciar pílulas da vida, nada monótona, da família real britânica. E pior, vislumbrando que esta mesma família tem os seus pecados, muitas vezes escancarados publicamente (vide a separação de Charles e Diana, a vida pessoal da ex-princesa que inclusive encaminhou o seu fim trágico num acidente de carro). 

De qualquer forma é bom sinalizar que a imagem da família real britânica vem se descascando ao longo do tempo, num mundo que escancara o privado em público (misturando os dois, descaracterizando o que é um e outro), globalizado e "desencantado" (no sentido weberiano do termo).  Fica claro que os príncipes do século XXI não só promovem bailes e muito menos são exemplos de dignidade, estes usam drogas, se divorciam e nem governam os seus países. A realidade vai, lentamente (como é natural nas mudanças mentais), corroendo o velho glamour real. Contudo, este glamour ainda subsiste e fica evidente nestes poucos dias de vida do bebê (ir)real britânico.




terça-feira, 23 de julho de 2013

"Hora da Coruja" debate chegada do Papa Francisco ao Brasil

domingo, 21 de julho de 2013

Padaria Político-Partidária do Brasil


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Primeiras impressões de um "Brasil nas ruas"



Sobre os acontecimentos ocorridos em nosso país, ao longo da realização da Copa das Confederações da FIFA 2013, é necessário dizer que me encontro observante sobre o tema em destaque.

Nunca é demasiado reafirmar as limitações impostas pela chamada "História do Tempo Presente", em especial quando se espera do historiador uma análise mais precisa a respeito dos fenômenos humanos e sociais.

O tempo, neste caso, é um senhor bem vindo. O momento é observar, atentamente, as respostas políticas e institucionais do Estado brasileiro para dai iniciarmos uma análise mais precisa sobre os protestos e movimentos organizados no Brasil, em perspectivas de causas, efeitos, consequências a médio-longo prazos.

Neste processo, deixo uma questão: serão estes protestos genuínos movimentos populares? Ou seria um fenômeno médio-classista? Num primeiro momento o que poderia dizer é que o saldo destas manifestações é algo meramente político, não social. Assim, a Presidente Dilma Rousseff é, desde já, quem mais perdeu com os eventos ocorridos nas ruas do país.

Socialmente, acredito que serão insignificativas as mudanças (isto se estas mesmo ocorrerão); contudo, o establishment lulopetista sofre sérios abalos estruturais, talvez aventando alternância de poder nas mãos de uma nova liderança nacional ou algo do tipo.

Esperemos, com paciência e atenção.



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Empresa Colonial Espanhola, parte 2 - Administração e Economia



Triste realidade brasileira...


sexta-feira, 3 de maio de 2013

Prof. Tiago Menta no Programa "Brasil das Gerais - TV Rede Minas"

Assistam a minha participação no programa Brasil das Gerais, da TV Rede Minas.







quinta-feira, 2 de maio de 2013

Misericórdia indianista e preconceito racial no Brasil colonial

Em sala de aula tenho debatido com alunos do sétimo ano do ensino fundamental as razões que levaram à escravização dos africanos, e não dos indígenas brasileiros (aqui viventes e em grande número) dentro do processo de acumulação primitiva de capital desenvolvida pela empresa colonialista portuguesa.

Uma das possíveis razões para esta escolha, que condenou milhões de negros a uma humilhante condição e por mais de século, foi a proteção recebida pelos indígenas de parte do catolicismo - em especial da Companhia de Jesus e seus jesuítas (ávidos por evangelizar os nativos ameríndios).

A minha análise é de que ao vislumbrar os nativos do Brasil em toda a sua simplicidade, e até mesmo ingenuidade, dentro de um ambiente tropical e de diversidade ambiental-natural, os padres jesuítas devam ter visto um pouco do Gênesis bíblico diante de seus olhos.

O indígena, em relação umbilical à natureza, andava praticamente nu. Sua nudez sendo encarada com naturalidade, e portanto sem vergonha desta condição. Vide o primeiro homem criado por Deus, Adão, que andou por sobre o Paraíso em completa nudez, sem vergonha alguma ou mesmo consciência de um julgamento moral mais profundo ou deturpado (aqui a ingenuidade adônica). O pecado, incrustado na árvore do fruto proibido, e motivado por Satanás, é o fato que desencadeia em Adão o sentimento de vergonha.

E assim, os olhos de padres jesuítas ao vislumbrarem nossos nativos ameríndios em solo tropical enxergavam nestes uma espécie de reflexo do que foi Adão vivente no Paraíso. E aos negros, qual a postura destes mesmos homens tementes a Deus?

Com certa perplexidade os alunos reconhecem que a igreja romana, no que tange à empresa escravista moderna, tivera uma posição de contraditória indiferença. Silenciou-se, como silenciará no século XX com a solução final hitlerista que jogou milhões de judeus nos campos de trabalho forçado. Ou seja, ao índio proteção e romantização (que encontrará ápice na literatura indianista do século XIX, marcadamente influenciada pela filosofia das Luzes, em especial nas ideias de Jean-Jacques Rousseau), e ao negro africano indiferença e silêncio (essencialmente racialistas).

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Uma noite em 67 - Completo

Assistam abaixo o ótimo documentário "Uma Noite em 1967", que tive o prazer de ter visto no Canal Brasil dias atrás.
O vídeo retrata um dos Festivais de Música da velha Rede Record, vencido por Edu Lobo com seu "Ponteio", mas que apresentou ao Brasil canções como "Alegria, Alegria" (Caetano Veloso), "Domingo no Parque" (Gilberto Gil), e "Roda Viva" (Chico Buarque).



segunda-feira, 25 de março de 2013

EVIDÊNCIAS - A história do Papado, 2013 TVNovo Tempo

domingo, 24 de março de 2013

Professor Gonçalo


terça-feira, 19 de março de 2013

Grandes Navegações - o Projeto Espanhol

segunda-feira, 18 de março de 2013

Papa Francisco - velha e nova igreja romana

A pouco menos de uma semana, no último 13 de março, os cardeais romanistas elegeram em conclave um novo líder papal: o argentino Jorge Bergoglio, ou Papa Francisco (nome missionário).

Evidente que a eleição de Francisco, um latino-americano, direciona a igreja de Roma para novos caminhos, o que não significa, de maneira alguma, qualquer alteração doutrinal importante. A mudança não se faz ideologicamente, mas metodologicamente. A igreja romana sabe que precisa mudar para retomar a hegemonia global que em idos passados detinha, isso sem mudar a sua essência (conservadora por natureza, e imperial também). Assim, sai o brilhante teólogo alemão de cena, entra o franciscano latino com um sorriso de "humildade" no rosto. Repito, a mudança é metodológica. O objetivo é cativar fieis com uma nova postura perante o mundo, quase que como uma jogada brilhante de marketing.

Francisco, o cardeal latino e compromissado com os pobres do mundo, é talvez o rostinho angelical e maquiavélico que poderá acelerar e aprofundar intenso ecumenismo entre várias denominações cristãs - cujo sentido é o tão sonhado retorno à mãe romana, uma espécie de resposta tardia a Reforma iniciada por Martinho Lutero. Francisco pode ser o líder papal que dialogará com Silas Malafaia, Edir Macedo, Valdomiro, RR Soares, e tantas outras lideranças e igrejas cristãs, pegando exatamente uma missão em comum, e até muito nobre: lutar pelos pobres e oprimidos do mundo, em suma fazer justiça social!

É na eleição de Francisco que compreendemos a renúncia de Ratzinger, papa emérito Bento XVI, simplesmente retirado do campo de batalha por não ter o perfil adequado para o que a igreja romana precisa fazer em meio ao secularismo e perda de espaço neste século XXI. Ficou, claro, vendida a ideia de ato de grandiosidade do antigo papa, desprendido do poder que o cargo proporcionava. Na verdade Ratzinger foi convidado, internamente, a pegar o seu boné branco e se calar em castel gandolfo, abrindo espaço para este novo projeto romanista, mais carismático.

E o velho catolicismo, tradicional, se manterá em suas infraestruturas mais intestinas, porém assumindo uma nova roupagem superestrutural, carismática e ecumênica. Nada mais alinhado a isto que comunidades católicas carismáticas, como a Canção Nova de Cachoeira Paulista-SP, espécie de pentecostalismo católico (uso midiático da fé, ênfase na cura, musicalismo). O Papa Francisco é o ponto inicial desta mudança, e não João Paulo II como muitos acreditam.

Finalizando misticamente, o alerta profético (encontrado no livro de João - Apocalipse) anuncia uma espécie de realinhamento religioso mundial, culminando na fé global, somada ao já existente mercado global e geopolítica mundializante (via blocos políticos como a Comunidade Europeia, o NAFTA, o Mercosul, BRICS, ONU, etc). E sob esta perspectiva profética a eleição de Francisco pode ser o primeiro passo evidenciando a proximidade do retorno de Jesus.


sábado, 9 de março de 2013

Hugo Chávez e sua democracia real

Para a imprensa "chapa branca", pigiana (tomando emprestado o termo de Paulo Henrique Amorim), os pouco mais de 10 anos de governo chavista, bolivariano, na vizinha Venezuela, representariam atrasos político-econômicos em um país abençoado por riquezas petrolíferas, e que, em virtude de sua posição esquerdista pouco ou mal aproveitaram o boom da alta de preços dos barris de ouro negro...

Falam isso, e não me surpreende, porque na visão de tecnocratas, economicistas de gelo, que tanto representam tucanato e parte até do governo lulopetista, os rendimentos da riqueza nacional devem ser utilizados pra tudo, menos na promoção de real justiça social.

O que move os nossos irmãos venezuelanos a sair às ruas e prestar homenagens constantes ao comandante Chávez, que como o também revolucionário russo Lenin será embalsamado, foi justamente a atitude corajosa e transformadora do carismático líder em depositar as benesses do petróleo na promoção de políticas habitacionais ou mesmo na erradicação do analfabetismo (é comum que cada família, mesmo a mais pobre e humilde, tenha em mãos a Constituição Bolivariana). Problemas, claro, o país ainda enfrenta e não são poucos: criminalidade em alta, o horizonte político na ausência de Chávez e o virtual comando de Nicolás Maduro, etc. Contudo, quem repassar o histórico venezuelano anterior ao período chavista e bolivariano irá reparar em como o país passou por profundas e democráticas transformações. Lembrando aos ingênuos que democracia é tudo, menos a simples representatividade através do voto (como vivenciamos por aqui a cada quatro anos) - a verdadeira democracia é governar para e com os pobres. E isso, companheiros e companheiras, isto Hugo Chávez fez!

Que Deus guarde vossa alma no dia do juízo, em nome de todos os humilhados latino-americanos...

quarta-feira, 6 de março de 2013

Adeus Presidente Hugo Chávez (1954-2013)


quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Bento XVI já é passado: sinais de tempos estranhos

Poucos, muito poucos, terão a oportunidade de vislumbrar, ou melhor reviver, os eventos dos dias que vivemos: a renúncia de um Papa e a escolha de um novo líder católico com seu antecessor ainda vivente! Histórico, e inusitado obviamente.

Fui pego, assim como milhares e milhares, em completa surpresa. Quando minha esposa me chamou no último dia 11/fevereiro dizendo que o Papa havia renunciado ao cargo confesso que pensei ser uma brincadeira ou mesmo alguma leitura confusa que ela estaria tendo ao consultar a internet.

Somente o tempo, marca primordial da História, somada a curiosidade de todos nós, elucidarão, com maior ou menor grau, as razões e os ditames que moveram o cardeal Joseph Ratzinger a literalmente "largar o osso", ou melhor largar o anel do pescador.

Tudo o que se diz, via imprensa, é mera especulação: problemas de saúde (dores intolerantes nas articulações, problemas cardiovasculares, etc), crise de consciência, disputas políticas internas ao Vaticano, incapacidade e esgotamento psíquico ou espiritual (em resumo o peso do cargo e de suas responsabilidades), pressões e ameaças, e até mesmo como fato profético ou semelhanças (anunciando tempos difíceis para a humanidade, numa era de catástrofes e escatologias).

Pessoalmente acredito que Bento XVI deixou o poder por pressões internas ao Vaticano, que vão desde a sua dificuldade em liderar uma igreja conservadora diante de um mundo secularista até mesmo a seu tímido posicionamento diante de fatos que colocam em xeque a  autoridade católica - em especial nas denúncias contra clérigos pedófilos, ou no vazamento de informações sigilosas por pessoas próximas ao Papa. Sobre as doenças, a idade avançada do brilhante teólogo alemão, não creio, ainda mais após o martírio público de João Paulo II, que seriam razões suficientes para que Ratzinger deixasse o cargo, que lembremos, não é um cargo comum! Ser eleito Papa não é como assumir um serviço público simples, é missão transcendental, com tradições milenares e simbolismos, além de grande poder (moral principalmente).

Consequentemente, quando o cargo entrar em vacância no próximo dia 28, Ratzinger será submetido a uma vida de reclusão e silêncio (imaginemos a experiência de um homem que pode dizer-se como ex-Papa, quantos segredos teria em sua memória?); e um novo pontífice será eleito em conclave a ser realizado em meados do mês de março (nem adianta especular nomes, apesar de crer que a Igreja já trabalha esta sucessão desde já, inclusive apontando internamente direcionamentos e nomes). Além do sumisso de Ratzinger, seu ato de renúncia, por mais que a oficialidade clerical diga o contrário, é, verdadeiramente, um "tiro no pé" da Igreja romana: renunciando ao papado este cargo passa agora por um processo de dessacralização, retirando-lhe parte de sua autoridade e referencial. 

Aguardemos os fatos e a nova escolha. Mas que estes são tempos estranhos, são com toda veracidade!  







terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Carnaval como "festa popular"....jornalista solta o verbo!!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Contratação de Educadores em Minas Gerais: sinais de amadorismo crônico

Final de janeiro, o que poderia significar o fim de uma longa e merecidas férias torna-se, ano após ano, uma verdadeira via crucis para o educador mineiro (e claro, esta realidade vai se reproduzindo, em maior ou menor grau, Brasil afora). Onde vou trabalhar? Quantas aulas terei? Quantos turnos trabalhar? Como funcionará a seleção e contratação destes professores? E as contas de fevereiro, março, por vir....a família fica até atônita em ver como o sistema educacional é cruel com aqueles que deveriam ser motivados, valorizados, hoje e sempre.


Estou a algumas semanas fazendo estes questionamentos e procurando respostas da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, que tem concurso homologado desde novembro de 2012 (basta procurar na Imprensa Oficial de Minas Gerais a publicação de 15/11/2012) e até o presente momento, a cinco dias do início do ano letivo de 2013 nada se concluiu, nada se avançou: educadores concursados e classificados(como eu), com muito mais vagas em aberto do que a apontada em edital, agora obrigados a procurar por contratos.



Se alguém tiver a curiosidade de conhecer a situação dos educadores mineiros, e do mau funcionamento do sistema educacional em nosso estado, sugiro que observem e leiam os posts que os colegas educadores teem colocado no site  http://www.facebook.com/educacaominas



Finalizando, reproduzo aqui comentários meus deixados no site acima citado:


Todo início de ano é este caos na educação mineira: professores desorientados, ansiosos, alunos iniciando ano letivo sem professor em sala, brigas e discussões acaloradas em designações, resoluções esdrúxulas (como no chamado exame pré-admissional, que só existe dentro deste sistema surrealista), divisões internas numa categoria que só existe no mundo da imaginação (efetivos, efetivados, substitutos, designados, aposentados, etc, etc). E ainda por cima, depois que isso passa e você começa a trabalhar, designado (que é a grande maioria dos educadores do Estado), ainda exigem que você faça um bom trabalho! Que jeito?? Você não sabe se o contrato será cumprido até o seu final, você pega as turmas e entra em sala sem planejamento definido (eu já assinei designação em 1 de fevereiro e minutos depois estava em sala conhecendo os alunos). Amadores, a educação mineira está nas mãos de amadores, revoltante o que, mais uma vez, estamos vivendo. O Estado deveria se lembrar que eu, e outros milhares de educadores, temos contas a pagar, familiares por assistir, ou seja, temos uma vida mantida pela profissão que escolhemos e amamos, porque só amando mesmo...
Aonde existe a exigência de exames médicos para trabalhadores que ainda não foram contratados? Quem já trabalhou em qualquer outra categoria, como eu no comércio, em serviços, etc, sabe que depois de assinado o contrato você se submete aos exames admissionais - se você apresentar problemas que o impeçam de trabalhar, ok, e o seu contrato perde valor. Por que na educação é o contrário? Por que apresentar exames, gastar dinheiro (que não se tem, visto o desemprego), antes mesmo de ter sido contratado? Por que fazer exames médicos para ter uma possibilidade de trabalho?? Como disse, são amadores. E como amadores gostam de inventar e burocratizar. Vergonha Minas Gerais!



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Antonio Gramsci e as "Cartas do Cárcere" - vídeo 1

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Em quadrinhos os detalhes crueis do que vivemos hoje

Nestas tirinhas de quadrinhos abaixo podemos vislumbrar, com perplexidade e discordância, lamentáveis verdades sobre a realidade que compartilhamos nesta pós-modernidade fadada ao fracasso!
Abraços revolucionários, hoje e sempre.
Prof. Tiago Menta.


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Último discurso de Stálin - Legendado em português

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

"O Capital" (Karl Marx) - Aulas ministrada pelo Prof. Reinaldo A. Carcanholo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Brasil matou mais uma criança no Rio de Janeiro

A noite de Natal da família da pequena Adrielly, 10 anos de idade, não poderia ter sido mais trágica: a menina foi vitimada por uma bala "perdida" no morro do Urubuzinho, zona norte do Rio, e agravante - pouco mais de 8 horas de espera por atendimento médico no hospital municipal Salgado Filho; resultado: morte cerebral no último dia 30 de janeiro e tempos depois o seu esperado e derradeiro falecimento.

Tal evento, mais um entre tantos outros que reafirmam a nossa violência urbana, a ineficiência de nossa saúde pública, é, essencialmente, mais um assassinato cometido pelo Estado brasileiro!

Hoje não vivemos mais os anos de chumbo (1964-1985) onde brasileiros eram perseguidos e mortos nas mãos de um Estado policial, não, estamos vivendo em plena e glorificada "democracia". Democracia esta, perversa, que de democrático mesmo podemos afirmar que todos partilhamos desta anomia que hoje é o Estado brasileiro: gigante, corrupto, incompetente, desumano. 

Mas, podem me questionar, como é que o Estado brasileiro assassinou a pequena Adrielly? Primeiramente a dita bala perdida, sinal do estado de insegurança pública em que vivemos, além da entrada indiscriminada de armas e munições em nosso país (sinais claros de um território sem fronteiras para o crime). Isso sem dizer o pior: esta mesma bala pode ter vindo da arma de algum oficial, policial, à serviço deste mesmo Estado matador e assassino. Segundo ponto, talvez o mais dramático e que chamou a atenção de todos nós, as incompreensíveis e inaceitáveis oito horas de espera para o atendimento médico, de máxima urgência, em um hospital municipal com a "justificativa", capenga e agora investigada e apurada pela justiça, de que o profissional que deveria estar de plantão estava ausente por discordar da distribuição de turnos e plantões. Infame, para dizer o mínimo! 

Fiquei me imaginando numa situação destas, me colocando no lugar do pai da menina, em um hospital com a criança baleada e esperando atendimento por horas e horas....não sei se teria condições de me manter normalizado, creio até que iniciaria um tumulto sem tamanho no hospital...triste, muito triste. 

Espero que a população deste país, de merda, comece a catalogar este e mais outros tantos casos que virão, de mau uso de nossos impostos, de péssimos atendimentos na saúde, nas escolas sucateadas e nos professores desmoralizados, com salários de fome, e submetidos a um sistema educacional tacanho e irracional; do crime que se instaura e se expande porque este é um país de valores corrompidos (pelo Capital, claro) e que não dá ao jovem condições de se realizar na vida, e que, a partir da tomada de uma consciência do erro que é a democracia em que vivemos, passemos para a construção, apartidária, não-institucional mas popular, de uma genuína e real democracia. E a única democracia real só pode ter um caráter revolucionário.
Esta foto é de um pai com seu filho, ferido, na Faixa de Gaza (alusão clara à guerra social que vivemos aqui)

Bill Maher refuta o argumento "Ateísmo é uma religião" (Legendado)