terça-feira, 29 de novembro de 2011

1º Guerra Mundial - parte I

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Educação Mineira Paralisada....ainda!

É preocupante a situação, o impasse, que envolve a educação em Minas Gerais. Nem mesmo os 112 dias de greve da categoria foram suficientes para promover uma mudança de postura do governo mineiro quanto a realidade mais do que conhecida: o estado não paga, definitivamente, o piso salarial nacional - lei federal descumprida a três anos e que joga, sim, o governo mineiro numa situação de ilegalidade.

Ontem o jornal Folha de São Paulo escancarou esta mesma triste realidade em que vivemos nós educadores mineiros: além de descumprir a lei do piso o mesmo governo mineiro não respeita e não organizou a carga semanal de trabalho destinada aos serviços extra-classe dos educadores (como elaborar aulas, planejamentos, correções, reuniões, etc e que deveria compor 1/3 das 40 horas semanais de todo educador). Em termos de salários Minas Gerais, um dos estados que mais arrecada no país e que ano após ano gasta rios de dinheiro com propaganda midiática, chega a pagar menos que o pequeno estado de Rondônia! Uma infâmia!

Dentro dos muros escolares o ambiente é tenso. Colegas faltam ao trabalho por não dispor de condições para ir ao trabalho, pois tiveram cortes seguidos em seus pagamentos (há casos de companheiros sem receber a dois, três meses); outros vão ao trabalho e pedem a colegas auxílio financeiro, outros caminham quilômetros diariamente para ir ao trabalho. Além disso as reposições das aulas perdidas são apenas falácia, porque sem o reestabelecimento imediato dos pagamentos dos que aderiram a greve os mesmos sentem-se desmotivados e impossibilitados de repor a carga horária, acirrando as relações com alunos, em especial os do terceiro ano do ensino médio e que estão próximos de concluir esta etapa final da educação básica.

O governo mineiro não consegue, não se mostra capaz de dialogar com categoria sequer (seja de professores, policiais, médicos, etc). Prevalece a frieza de um governador e seu secretariado que primam pela tecnocracia, estabelecendo uma relação de distanciamento com as necessidades mais elementares da população (saúde, segurança e educação). Em Minas Gerais parece que só há preocupação com obras e investimentos para a Copa do Mundo da Fifa a ser realizada em 2014, e Belo Horizonte é exemplo de cidade que transformou-se num gigantesco canteiro de obras. Além disso, nada mais. Política social? Inexistente.

O ex-governador mineiro, hoje senador pelo PSDB, Aécio Neves, é o pai da criança que hoje governa Minas Gerais de maneira torpe, apolítica. Aecismo que é uma herança maldita para os mineiros (desde 2002), e que se chegar ao controle da nação ai sim o Brasil será tomado de assalto por tecnocratas e chegaremos ao ponto de sentir saudades até dos tempos de FHC, que pelo menos era político e ainda possuia algum sentido de política social.

Só nos resta pedir pela intercessão do governo federal, na forma de pressão da presidente Dilma Rousseff e do futuro ministro da educação (visto que Haddad já é candidato a prefeitura da capital paulista), e aguardar para 2012 períodos cada vez mais longos de greves e paralisações no funcionalismo mineiro.