segunda-feira, 12 de março de 2012

Belo Horizonte à pé...

Hoje eu não fui trabalhar. Opa, opa, nem pense em achar que o amigo aqui caiu na vagabundagem, longe disso. Simplesmente não consegui chegar ao meu destino, hoje os alunos do primeiro ano do ensino médio não tiveram a tradicional aula de História, e esta noite o mesmo acontecerá com os alunos do Eja e do terceiro ano do ensino médio. Eu e mais de 1,5 milhão de cidadãos de Belo Horizonte estamos sem ônibus, sem transporte para o trabalho.

Fica a preocupação pelo dia perdido, o salário que pode ser descontado, a aula a ser reposta depois em algum sábado por vir. Pior é ver que a capital dos mineiros simplesmente é refém, tomada de assalto, por décadas de incompetência do poder público, da administração municipal e estadual, em racionalizar o trânsito de BH e o transporte coletivo.

Uma cidade que pleiteia sediar o maior evento do planeta, a Copa do Mundo, simplesmente não possui metrô (o que temos aqui são trens urbanos que levam lugar algum para onde Judas perdeu as botas e meias), os ônibus (sardinhas coletivas) são um convite ao desconforto e stress (hiperlotação, alto preço, sistema anacrônico e ineficaz, mau atendimento e desrespeito). 

O que os rodoviários de Belo Horizonte e região metropolitana exigem são pedidos mais do que justos, como diminuição de jornada diária (que já leva 1/3 dos rodoviários para afastamentos médicos), melhores condições de trabalho (como no pedido de banheiros femininos para as trabalhadoras em seus pontos finais), e salários dignos (aqui o motorista recebe cerca de R$ 1300,00 mensais, cobradores pouco mais de 1 salário mínimo). 

Outro flagrante: em períodos de dificuldades na urbes, como nesta greve, o que fazem os cidadãos da capital? Cada qual pega o seu carrinho e segue pra rua, em postura condizente com o individualismo reinante no tecido social. Carona solidária, não existe. Dai a frota que hoje em Belo Horizonte cresce assustadoramente, beirando a superar um dia o número de homens e mulheres. Logo, o trânsito vira um caos e quando percebemos a vida na cidade se consome em um grande Leviatã de absurdos!

Por fim, me solidarizo com o movimento grevista dos rodoviários, e espero que nós cidadãos cobremos o poder público por não investir, com honestidade, na mobilidade urbana.





sábado, 3 de março de 2012

Dama do Valete

http://www.youtube.com/damadovalete

quinta-feira, 1 de março de 2012

Martin Luther King (Marcha de Washington - 1963)

Malcolm X (duras e sábias palavras)