terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Iraque Hoje

Hoje se inicia a retirada de tropas norte-americanas do Iraque  (invadido pelos ianques desde 2003), promessa de campanha cumprida pelo presidente Obama. Contudo, isso não se configura como uma situação de paz e entendimento  entre  o Oriente Médio e os Estados Unidos,  muito pelo contrário, hoje a saída dos americanos do Iraque se dá muito mais pelo esgotamento da invasão, da situação de penúria e caos dentro do país (destruído literalmente, inclusive de maneira infraestrutural)  do que de ato cordial ou coisa do gênero.
Exemplo disso é ver que a mira norte-americana, apontada na cara do povo iraquiano por sete anos  (com sérias denúncias de violações dos direitos humanos), agora parece se voltar contra o povo afegão - visto como novo inimigo do Oriente a ser enfrentado e massacrado, sob argumento de que financia grupos terroristas.
Sobre o Iraque de hoje, um dia berço de nossa  civilização (lar dos sumérios, babilônios, centro irradiador do que entendemos por Estado, cidade, vida urbana, escrita) vale apontar os dados trazidos pelo jornalista Clóvis Rossi da Folha de São Paulo:

ENERGIA ELÉTRICA
Está disponível só quatro horas por dia, menos ainda no interior.

EDUCAÇÃO
Mais de 300 mil jovens iraquianos entre 10 e 18 anos jamais puseram os pés em uma escola.

SEGURANÇA
Só em julho, os mortos violentamente foram 222, segundo os norte-americanos, ou 535 segundo os iraquianos. Nos sete anos de ocupação, morreram mais de 100 mil civis. Há  mais de 1 milhão de viúvas e 3 milhões de órfãos, mais 1,5 milhão de iraquianos que tiveram que deixar suas casas por causa da violência.

ALIMENTAÇÃO
1 milhão de iraquianos estão no limite da fome, segundo o Programa de Alimentos das Nações Unidas, apesar de 90% da  população receber algum alimento todo mês.

SANEAMENTO
Fora de Bagdá, menos de 70% da população  não  tem água potável. 

Esta é a herança deixada pela maior "democracia" do mundo: um absurdo.

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